Esta segunda-feira, para milhões de pessoas que moram acima da linha do equador, foi o dia mais melancólico do ano. Pelo menos é o que diz um psicólogo britânico.
Depois das viagens de fim de ano, dos presentes, das comemorações, do calor bem saboreado, os dias começam a ter cara de noite, a chuva insiste em dar bom dia, e o frio no Hemisfério Norte faz da cama o melhor lugar da cidade.
Essa soma de nuvens carregadas rondando algumas cabeças às vezes parece que paira sobre toda a cidade. Um psicólogo garantiu que esse sintoma ficam ainda mais evidente nesta época do ano. E, como um meteorologista, ele cravou o dia exato onde essa melancolia geral parece maior.
A terceira segunda-feira de janeiro seria o dia mais triste do ano. Esse olhar perdido teria a ver com a chamada "blue monday", algo como "segunda deprê", um termo que surgiu na fórmula de um psicólogo britânico.
Para espetar o alfinete no calendário, Cliff Arnall levou em conta fatores como a temperatura, a incidência da luz, as dívidas de Natal e a dificuldade de cumprir promessas de Ano Novo.
O autor dessa metodologia disse que esta segunda seria ainda mais aflitiva. Ele citou as incertezas diante do eminente divórcio do Reino Unido com a União Europeia, a eleição do polêmico presidente dos Estados Unidos, e os ídolos que morreram recentemente como se o tema morte ficasse mais próximo para a toda uma geração.
Quando tudo vem ao mesmo tempo, dá vontade fazer as malas e sumir. Mas não adianta perder a cabeça e amaldiçoar o mundo. Aquela mensagem que não chega não tem nada a ver com a maior segunda-feira das segundas-feiras.
A comunidade acadêmica chama essa fórmula de "pseudociência". Um psicólogo garante que o método não é científico, é algo sem sentido.
De fato, fórmula matemática que determinou a "segunda deprê" veio a pedido de uma agência de turismo para promover viagens.
Uma psicóloga lembra que a depressão é um problema psicológico sério e não deve ser banalizado. Mas por que não usar a data de forma leve para começar algo positivo.
“O pessimismo contagia a nossa mente. Então como seria o fato de a gente pensar como seria o meu papel, que que eu posso fazer”, diz a psicóloga Patrícia Candice.
A equipe do JN entrevistou dez pessoas e todas se disseram felizes. Pessoas que encontraram muitos motivos para sorrir no dia mais triste do ano. Um senhor resumiu o pensamento de todos:
"A vida é você quem faz. Você pode ter um dia bom ou ruim em cada dia da sua semana”.
