RIO — Dois dias após questionar Donald Trump sobre o ataque químico na Síria, a refugiada Bana Alabed, de 7 anos, conhecida por usar o Twitter para denunciar atrocidades no país, se manifestou novamente pela rede social, mas, desta vez, foi para enaltecer a medida tomada pelo presidente dos Estados Unidos de bombardear a base militar de al-Shayrate . A menina, famosa por relatar a guerra em seu país, chegou a ser chamada de "Anne Frank de Aleppo".
"Eu sou uma criança síria que sofre com Bashar al Asad e Putin. Parabenizo a ação de Donald Trump contra os assassinos do meu povo", escreveu Bana.
A menina, que foi retirada de Aleppo em dezembro do ano passado, também relembrou o bombardeio a sua escola, em uma situação que custou a vida de amigos e roubaram sua infância. "É hora de punir os assassinos das crianças na Síria", acrescentou.
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Sírios reagem ao bombardeio dos Estados Unidos
No entanto, ela não foi a única a reagir à ofensiva americana ao governo de Asad. Foi avistado nesta sexta-feira o nome de Trump escrito na entrada de um pequeno restaurante sírio na cidade Kobani, localizada na fronteira com a Turquia.
"Decidi que meu restaurante tivesse o nome do novo presidente dos Estados Unidos. Estou esperançoso com meu pequeno empreendimento porque minha esposa serve deliciosos sanduíches, além de que o nome é um atrativo", explicou o dono do estabelecimento, Waleed Shekhi, à emissora Kurdistan 24. Ele também expressou sua gratidão ao apoio americano na guerra contra o Estado Islâmico.
Nas redes sociais, internautas sírios trocaram suas fotos de perfil pela imagem de Trump.
"Encontrei um sírio com esta foto de perfil hoje. Acredito que mais devam aparecer", escreveu o internauta Mostafa Mahamed no Twitter.
O dizer em árabe registrado na imagem quer dizer "nós te amamos".
Apesar disso, alguns usuários do Twitter não mudaram totalmente suas opiniões sobre Trump, como @Ayei_Eloheichem, que salientou que a troca da imagem de perfil não siginifica que mudou o que ele pensa sobre Trump, tanto como pessoa quanto presidente dos Estados Unidos. "Estou meramente dando ao diabo o que é do direito dele", registrou na rede social.