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Filósofo e ensaísta classifica Crato como um dos piores ministros da Educação

10 jan, 2014 • Maria João Costa

José Gil olha para a situação dos professores e diz que é “inimaginável”. Indignado e triste lamenta: “Hoje não se ensina nos liceus. Não há respeito pelos professores”.

Filósofo e ensaísta classifica Crato como um dos piores ministros da Educação
O filósofo e ensaísta José Gil classifica Nuno Crato como um dos piores ministros da Educação. Em entrevista na última noite ao “Ensaio Geral” da Renascença, o antigo docente universitário acusa o actual ministro de estar a destruir o sistema educativo.

José Gil olha para a situação dos professores e diz que é “inimaginável”. “Temos possivelmente, e vamos descobri-lo, um dos piores ministros da Educação, um homem por quem eu antes tinha uma certa simpatia, que apareceu e que está a continuar a obra de destruição do ensino”, critica.

Indignado e triste – é assim que o filósofo e ensaísta José Gil diz que se sente quando olha para o actual sistema de educação: “Hoje não se ensina nos liceus. Os professores não têm tempo para nada, não há respeito pelos professores, nem sequer no aspecto dos honorários. Não lhes dão tempo. Enchem-nos de obrigações burocráticas que é um desperdício enorme de tempo.”

Entrevistado na última noite no programa “Ensaio Geral” da Renascença, onde esteve à conversa com o escritor Pedro Vieira na Livraria Ferin, José Gil lamenta que o actual ministro Nuno Crato não tenha ido a uma escola ver com os seus olhos os efeitos directos da sua política. E continua a defender que o futuro do país passa pela educação.

O filósofo e ensaísta diz que Portugal precisa de coragem e de afecto social. José Gil recusa a ideia de fatalismo face à actual situação do país e sublinha a necessidade de Portugal ser corajoso e não se isolar.

Nesta edição Guilherme d’Oliveira Martins - o presidente do Centro Nacional de Cultura e colaborador semanal do “Ensaio Geral”- deixa duas perguntas para os convidados desta noite.

José Gil numa entrevista ao programa “Ensaio Geral” em que esteve à conversa com o escritor Pedro Vieira, o autor de “Última paragem: Massamá” que defendeu que as exportações devem aumentar, sim, mas não devem implicar a fuga de cérebros do país.

“Ensaio Geral” é um programa da jornalista Maria João Costa, que nesta edição especial na Livraria Ferin teve assistência técnica de Rui Fernandes. É emitido à sexta-feira, às 23h30, na Renascença e pode ser ouvido em qualquer altura na internet.