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Polémica seria se Costa falasse da situação social a investidores chineses

O eurodeputado socialista Francisco Assis afirmou hoje que motivo de polémica seria se o secretário-geral do PS, António Costa, tivesse feito um diagnóstico da situação económica e social a uma plateia de investidores chineses.

Polémica seria se Costa falasse da situação social a investidores chineses
Notícias ao Minuto

18:44 - 27/02/15 por Lusa

Política Francisco Assis

Francisco Assis considerou que António Costa "agiu de forma correta e adequada", quando, num evento da comunidade chinesa, o líder socialista agradeceu o investimento chinês, considerando que este contribuiu para que o país esteja numa situação "bastante diferente" de há quatro anos.

"O que seria motivo de polémica e de censura seria se António Costa tivesse ido para um encontro com empresários chineses fazer um diagnóstico do país do ponto de vista da situação económica e social", sublinhou o eurodeputado do PS, que falava em Coimbra à margem de um debate, referindo que esse diagnóstico tem de ser feito e é feito "perante os portugueses".

O eurodeputado considerou a polémica em torno das declarações do líder socialista "completamente ridícula", acrescentando que, naquele contexto, "ninguém esperaria" que António Costa "fosse fazer um diagnóstico do país, sobretudo nos aspetos mais negativos".

"Não há aqui nenhuma contradição entre aquele que tem sido o discurso de análise da situação do país e dos efeitos altamente negativos da governação PSD/CDS e aquilo que [António Costa] disse perante os empresários chineses", defendeu.

Francisco Assis sublinhou também que a "estabilização da zona monetária alterou as circunstâncias em que se pode fazer investimento externo em países como Portugal. Isso mudou e mudou para melhor".

Francisco Assis participou hoje no debate "Educação: uma visão do futuro", no departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra, promovido pelo Parlamento Europeu e pela Associação Académica de Coimbra, onde também participaram os eurodeputados Miguel Viegas, do PCP, e Marinho e Pinto, eleito pelo MPT (Movimento Partido da Terra), partido que viria a abandonar para fundar o PDR.

Perante representantes da comunidade chinesa, no dia 19 de fevereiro, no Casino da Póvoa de Varzim, António Costa agradeceu aos investidores chineses o "grande contributo" para a situação em que está hoje Portugal, que considerou "bastante diferente daquela em que estava há quatro anos".

As declarações de António Costa levaram o fundador do PS Alfredo Barroso a anunciar a sua desfiliação do partido.

Alfredo Barroso decidiu pedir a desfiliação do partido por estar "envergonhado" com declarações do secretário-geral, António Costa, que acusa de ter prestado "vassalagem à China".

Na quinta-feira, o secretário-geral do PS, António Costa, afirmou-se perplexo com interpretações sobre o seu discurso perante a comunidade chinesa, defendendo que no exercício de funções institucionais junto de investidores estrangeiros tem de transmitir-se uma mensagem de confiança.

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