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Estado de Minas

Aplicativos de pesquisa para celular ganham mercado

Estudo da comScore mostra que mecanismos de busca tradicionais, como o Google, perdem terreno para programas que têm a mesma função em smartphones e tablets


postado em 23/05/2013 12:30 / atualizado em 23/05/2013 12:37

Thiago Neres

O grande guru da internet e todo-poderoso das buscas está com sua hegemonia ameaçada. Parece que o Google finalmente encontrou um concorrente à altura. Não estranhe. Nenhuma empresa conseguiu crescer como a companhia de Larry Page no segmento das pesquisas on-line. Ele ainda detém mais de dois terços desse mercado. Tampouco as pessoas estão deixando de confiar na web para encontrar as informações que procuram. Segundo estudo do Pew Research Center, buscas e e-mail ainda respondem por 92% das atividades na rede mundial de computadores. Quem é o grande adversário do Google, então?

Na verdade, não se trata de um, mas de quase dois milhões de aplicativos que dão corpo à indústria de dispositivos móveis. A explicação é uma mudança no comportamento dos internautas, que estão trocando a busca horizontal (eficaz, porém generalista e globalizada) pela busca vertical, com apps que dominam nichos e áreas de interesse. Por exemplo, elas começam a preferir um aplicativo focado em restaurantes a abrir o Google para decidir onde será o jantar.

Um levantamento da comScore ajuda a entender essa transição. Pesquisas nos mecanismos de busca tradicionais, em que o Google é líder, caíram 3% no ano passado, que também registrou queda de 7% no número de acesos por usuário. O relatório da consultoria chega a afirmar que as buscas sociais estão colocando Google e Facebook em rota de colisão. Aliás, nos bastidores “daquele que tudo acha”, corre a informação de que haverá uma grande mudança até o fim deste ano, fortalecendo a integração com o Google+. Seria uma estratégia para evitar a perda de mais usuários.

Gabriel Santa Cruz utiliza programas do smartphone para fazer buscas: o Google é a segunda opção(foto: Arthur de Souza/Esp.DP/D.A Press)
Gabriel Santa Cruz utiliza programas do smartphone para fazer buscas: o Google é a segunda opção (foto: Arthur de Souza/Esp.DP/D.A Press)
NOVOS APPS O que parece uma briga de foice é visto com naturalidade pelo publicitário Gabriel Santa Cruz, 24 anos. Com seu smartphone, ele foi, aos poucos, substituindo o Google pelos aplicativos Kekanto, Foursquare e 4Music. “Muitos sites ainda não oferecem versões mobile e a navegação fica péssima. A experiência com apps é melhor. Se eles têm o que a gente precisa e o Google não é especialista em nada, vale a pena trocar”, comenta. Geolocalização, redes sociais e facilidade em opinar e ler comentários são alguns dos atrativos elencados por Gabriel.

O profissional de marketing Bernardo Florentino, 27 anos, compartilha do pensamento. Munido com o iFood, Ingressos.com e Hotel Hoje, ele costuma dispensar o gigante das buscas. “Eu gosto do Analytics e de outras ferramentas, mas se estou buscando algo, provavelmente é um aplicativo novo. Poupam tempo”, ressalta.

O Informátic@ entrou em contato com o escritório do Google no Brasil para comentar a pesquisa da comScore, mas foi informado de que o único porta-voz que poderia falar sobre o tema estava viajando. A Microsoft também foi procurada, para falar sobre o Bing, mas não respondeu.

Os sócios da SnapCherry, que reúne as preferências dos usuários: Guilherme (D), Tiago (E) e Danilo (C)(foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press)
Os sócios da SnapCherry, que reúne as preferências dos usuários: Guilherme (D), Tiago (E) e Danilo (C) (foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press)
A moda é procurar nos aplicativos

A estudante universitária de ciências contábeis Camila Perrier, 22 anos, não tem apenas os números e as cifras como paixão. Ela também é antenada com as tendências da moda. Por meio de indicações de amigos, descobriu o SnapCherry, um aplicativo que reúne informações de blogs especializados e cria um feed de notícias, parecido com a timeline do Facebook. “Você faz um perfil com seu nome e escolhe quais páginas vai seguir. Na etapa seguinte, surge um mural com as notícias e com um toque na opção Cherry, elas são salvas em outro menu, com a mesma função da aba de favoritos dos navegadores”, explica a jovem.


Com o tempo apertado, e dividida entre estudos e obrigações profissionais, a estudante conta que o SnapCherry é uma alternativa mais ágil que o próprio Google. Ela ainda endossa que não conhece aplicativos especializados em moda no Brasil.
Segundo o líder de marketing do SnapCherry, Guilherme Coelho, o serviço foi lançado em fevereiro deste ano,  a empresa funciona no Recife e tem cinco pessoas na equipe. Mais de 1.600 usuários baixaram o aplicativo, que é gratuito e, por enquanto, só está disponível para a plataforma da Apple, o iOS.“Pesquisamos os blogs mais acessados e uma forma amigável de dispor as informações. Sentimos que o mercado de dispositivos móveis é uma tendência. Os usuários buscam aplicativos com temáticas de seu interesse, em vez de recorrer ao Google. O Instagram é um exemplo que revolucionou e deu certo, porque focou apenas no segmento de fotografias”, avalia Guilherme.

 

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