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Justiça da Espanha rejeita recursos de envolvidos na transferência de Neymar

Sentença é definitiva e não cabe recurso. Segundo o jornal "Marca", Neymar, Barcelona, Santos, mãe de craque e empresa do pai do jogador serão agora julgados

Por Barcelona, Espanha

Neymar pai e Neymar audiência em madri (Foto: Reuters)Neymar pai e Neymar durante audiência em Madri há um ano (Foto: Reuters)

A Audiencia Nacional, equivalente ao Superior Tribunal de Justiça da Espanha, negou nesta segunda-feira o recurso das partes envolvidas no caso DIS. São elas: o Barcelona, o Santos, a mãe de Neymar, a N&N (empresa do pai do craque) e o próprio jogador. As informações são do jornal "Marca", que publicou um trecho da sentença, no qual o juiz fala em "indício de corrupção".

- Há provas nítidas de envolvimento criminal na investigação (...) como mais uma peça do suposto complô criminoso frustrado, a partir do qual a alegada contratação ilegal produziu benefícios substanciais para a investigação principal.

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Segundo o jornal "Marca", a sentença é definitiva e não cabe recurso. Agora, o juiz De la Mata definirá a data do julgamento, que provavelmente acontecerá ainda neste ano. Procurada pela reportagem do GloboEsporte.com, a assessoria de imprensa do jogador brasileiro disse inicialmente desconhecer a decisão da Justiça e não se posicionou a respeito do assunto.

O caso DIS

No ano passado, a Justiça da Espanha recebeu a acusação formal por parte da DIS contra Neymar, a família do craque e dirigentes de Santos e Barcelona por corrupção. Nela, o fundo de investimento pede que o camisa 10 da Seleção seja condenado a cinco anos de prisão e fique impossibilitado de jogar futebol durante esse período. Já a promotoria do Ministério Público da Espanha requisitou dois anos de prisão e € 10 milhões de multa para o atacante brasileiro. 

O fundo de investimento quer uma indenização entre € 159 e € 195 milhões por conta da transferência do jogador para o futebol espanhol em 2013. Os dirigentes do Barcelona também estão na mira da DIS, que pede oito anos de prisão para o atual presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu, e seu antecessor no cargo, Sandro Rosell.

O grupo DIS alegava ter direito a receber 40% do valor total da transferência, que, de acordo com a Audiência Nacional espanhola, alcançou os € 83,3 milhões. A empresa, no entanto, só recebeu a porcentagem dos € 17 milhões pagos pelo Barcelona ao Santos pela contratação do jogador. Ou seja, cerca de € 6 milhões, enquanto alega que deveria ter embolsado algo na casa dos € 35 milhões.