O pensamento do novo Ministro da Educação, Renato Janine

O artigo abaixo foi escrito para o Valor Econômico, antes da crise que derrubou o Ministro Cid Gomes.

Será que desejamos o impossível?

Por Renato Janine Ribeiro

Um principio básico da ciência e que, quando uma hipótese não explica os fenômenos, devemos procurar outra que de melhor conta deles. Este principio me ocorreu ha poucos dias. Afinal, quase todos os analistas, eu inclusive, temos criticado a presidente da Republica por seu estilo de pouca negociação. Ate ficamos espantados: como sobe a presidência alguém que ignora princípios tão elementares? Mas ai parei. Nunca e bom apostar na ignorância ou inépcia daquele a quem criticamos. Pode ser que Dilma Rousseff erre sim ao não negociar, ao não fazer politica. Só que…

Se isso não for obvio? Se nosso ponto de partida estiver errado?

Durante milênios, os homens acreditaram que os astros, inclusive o sol, giram em torno da Terra. Só que, desse jeito, alguns astros têm um movimento estranho, irregular, e ate mesmo retrogradam. Já com a astronomia moderna, heliocêntrica, os movimentos dos planetas – inclusive a Terra – em torno do Sol descrevem orbitas mais regulares. Essa, a lipao cientifica: se os resultados soam absurdos, devemos questionar a hipótese de que partimos. No caso, em vez de pensar que Dilma ignora o mais elementar da razão e da politica, indagar o que ela efetivamente pretende.

Da para governar bem e ser honesto no Brasil?

No seu primeiro ano de governo, Dilma demitiu todos os auxiliares acusados de corrupção. Foi aplaudida. Mas logo começaram a questiona-la: por que não fazia alianças? Porque não gostava dos políticos? ou, sei lá, da própria politica? Só que, num Pais em que tantos políticos importantes são suspeitos de corrupção, negociar com eles o que significa? Podemos ter decência no exercício do poder e, ao mesmo tempo, transito livre pelo mundo dos políticos?

Essa e a realidade atual, que precisa mudar, mas isso não será fácil. E se Dilma for representativa de nosso desejo difuso de uma politica competente e sem corrupção? Ela se irrita, sim, com quem esta a sua volta, o que politicamente e inábil, mas isso porque cobra eficiência. E isolou a família da politica. Nem ela nem os familiares despertam suspeitas de favorecimento pessoal. Pode ate governar mal, só que detestando a corrupção e a ineficiência. Mas basta detesta-las para supera-las?

A hipótese passa a ser: e se o “momentum” Dilma for exatamente a tragédia mais representativa daquilo que desejamos? Se o problema não estiver nela, mas em nos? Em nos, analistas da politica e cidadãos, que pretendemos o melhor de dois mundos: eficiência e honestidade.

Pode haver governabilidade, no Brasil de hoje, sem corrupção? Podemos ter governabilidade sem negociações e alianças, que vão ao limite de nossa irresponsabilidade?

Para não ficarmos num só partido, lembremos a rebelião do PCC em São Paulo em 2006, quando a quadrilha paralisou a cidade por alguns dias. A situação só foi resolvida quando 0 governo estadual – que e do PSDB – negociou com 0 PCC e cedeu. Meticulosamente, deletamos este passado (embora ainda presente) de nossa memoria.

E ouvi de Dráuzio Varella que desde o massacre do Carandiru em 1992, ocorrido no governo do PMDB, a policia não entra nos presídios do Estado. São geridos pelo crime. Isso e inadmissível. Mas assim baixa a violência nas cadeias e mesmo 0 crime fora delas.

Essa mistura de bem e mal, de resultados positivos e meios obscuros para consegui-los, merece atenção. Porque lavamos as mãos. Denunciamos a corrupção e queremos que as leis passem no Congresso. Mesmo na ditadura, isto e, num regime em que 0 Congresso pouco decidia, 0 assessor presidencial Heitor de Aquino dizia, quando ia negociar a aprovação de decretos-leis pelos parlamentares, que ia abrir o “barril de peixe podre”. Imagina-se 0 odor. Fingimos que ele não existe, ou que nasceu ontem.

Uma vez, estive na antessala de uma pessoa com certo poder. Faltava agua no seu prédio. Ouvi a secretaria telefonar a alguém: “Não quero saber como, mas você terá que resolver 0 problema em duas horas”. Pensei que era uma forma de exigir eficiência e presteza. Mas depois entendi que esse bordão serve para colocar 0 encarregado a margem da lei. Vire-se. Se violar a lei, viole. Mas eu lavo as mãos. “Não quero nem saber!”

E se Dilma tiver a mesma convicção que 0 povo brasileiro? Se também quiser 0 fim da corrupção e, ao mesmo tempo, um governo eficiente? Se sua aversão aos políticos for porque não ere na sua honestidade, nem competência? Neste caso, não a estaremos condenando, exatamente porque tem os mesmos propósitos da maioria da sociedade?

Esta e uma hipótese. Não justifica a presidente, no sentido de aprova-la e apoia-la. Ela deveria dialogar, se não com a categoria politica, certamente com a sociedade. Mas a hipótese talvez explique os fenômenos, isto e, a ação – e inação – de Dilma, melhor do que a suposição de que ela e inepta politicamente. E cabe perguntar se a psicanalise não ajuda a entender 0 ódio crescente a ela. Ódio ao outro e projeção de ódio a si mesmo (simplifico, claro). Talvez ela cause tanta rejeição porque nos mostra, as escancaras, um dilema que queremos esconder de nos. Queremos a honestidade sem pagar 0 prego por ela. Pensamos que a honestidade dos políticos, quando vier, vai nos cumular de bênçãos. O dinheiro que e roubado da sociedade vira a nos como as fontes de leite e mel da Terra Prometida. Esquecemos que chegar a isso da trabalho, e que também terão que acabar muitas condutas nossas, “informais” dizemos as vezes, imorais ou ilegais. Mas, sobretudo, esquecemos que reformar a politica não e só dos políticos. Demanda esforço de quem os elege, e esse esforço não se resume em raiva, menos ainda, insultos.

Renato Janine Ribeiro e professor titular de ética e filosofia politica na Universidade de São Paulo. Escreve as segundas-feiras

E-mail: [email protected]

Luis Nassif

42 Comentários

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  1. Boa sorte!

    Me parece uma indicação acertada da presidenta.

    No texto do professor isolei uma frase:

    “Ela deveria dialogar, se não com a categoria politica, certamente com a sociedade.”

    Está dificil. Se a presidenta aparecer em rede nacional de tv para esse diálogo, incontinenti um bando de midiotas vaI para a sacada bater panela. Eles não querem saber de diálogo mesmo que seja para o bem deles.  Agora são imitados por seus filhos ainda criancas mas que acham divertidíssimo fazer carnaval a qualquer hora.

    O PIG manda e a boiada obedece.

     

      1. PresidentA (ainda isso?)

        Não é esse o assunto. Como diz o Ivan de Union: dá pra ler o post? Acrescento: dá pra ler o comentário?

         

        A propósito, apresento em enésima mão, os finados AURÉLIO:

        “presidenta [Fem. de presidente.] Substantivo feminino. 1.Mulher que preside.”;

         

        e HOUAISS:

        “presidenta s.f. 1 mulher que se elege para a presidência de um país…”.

  2. Espero que o n asif tenha lido

    Minhas criticas ao nassif, que admiro por muitas outras razões, estão no contexto deste ótimo artigo. Ele chama o governo de medíocre e desconhece que o problema de dirigir um país como esse é complexo e enorme, e que a Dilma é bem mais inteligente que ele e entende de “contas públicas” muito mais do que 99,99% destes ingênuos e ignorantes “economistas” que existem  por ai.

    Muito bom o artigo e feliz ministério.

  3. Não achei nem ótima, nem

    Não achei nem ótima, nem ruim, a escolha do ministro. Seu texto fala tudo e não fala nada. Filosofia, meramente filosofia. Subjetiva como a propria filosofia o é. O Brasil precisa é de altos executivos, com pós doutorado em gestão, em estratégia para tirar o buraco economico em que está. Não se gera eficiencia com filosofia nem com ciencia politica, cada um no seu quadrado. Sou estudioso e amante da sabedoria filosofica e da ciencia política, mas convehamos e tenhamos bom senso. Nosso problema é gestão, reengenharia, projetos e gestão de projetos, cumprimentos de normas e gestão por competencia e gestão por processos. Está tudo errado. 

    1. Para utilizar essas

      Para utilizar essas cartilhinhas que você sugere, é bom que tenha alguém que pense. O ex-Ministro Haddad também é Dr. em Filosofia e foi um grande ministro. Tá bom pra vc?

    2. Respondendo ao comentário do Genildo

      Não achei nem ótimo, nem ruim. seu cometário… foi péssimo. É a combinação perfeita do senso comum com a falta de bom senso… Leu tudo no texto e não entendeu nada, porcausa do desprezo vulgar pelo exercício do pensamento cuidadoso. Lugar comum entre os fãs da estética do empreendedorismo, adeptos da retórica gestoricista, que despreza o texto e o contexto, interessada apenas nos títulos, nos leads, de preferência os de caixa alta… refaz o equívoco secular dos que viam em Sócrates e na Filosofia “uma ocupação das crianças e dos jovens, contrária à lida dos homens adultos e sérios”. Desses que lotam as livrarias atrás de Best Sellers como o monje e o executivo, ou o execuivo Zen. 

    3. Se preocupe não, acho que a

      Se preocupe não, acho que a Dilma escolheu o Janine porque ele foi um ‘gestor’ muito eficiente na CAPEs, de deixar qualquer fabrica de salcichas com inveja…

  4. Apóio a escolha, uma pessoa

    Apóio a escolha, uma pessoa integra, honesta e um pensador de primeira grandeza. Espero que ele consiga se sair bem no complicado mundo da política real. Acho que a educação brasileira terá muito a ganhar com este ministro.

  5. Apóio a escolha, uma pessoa

    Apóio a escolha, uma pessoa integra, honesta e um pensador de primeira grandeza. Espero que ele consiga se sair bem no complicado mundo da política real. Acho que a educação brasileira terá muito a ganhar com este ministro.

  6.  
    A Dilma tinha a opção do

     

    A Dilma tinha a opção do Newton Lima, ex prefeito de São Carlos que foi sondado. Um Fernando Haddad com carisma do Lula. Mas o Mercadante tem suas divergencias com ele…

    Com todo respeito ao Janine, o Newton seria a melhopr opção.

  7. Boa sorte ao novo Ministro

    Não sou eleitor do PT e nem fã da Presidente Dilma, mas a escolha do Professor Janine merece elogios.  A nomeação de Cid Gomes fazia parte do dialogo com os políticos. Sua nova opção é um dialogo com a lógica e, acima de tudo, guarda coerência com o lema do discurso de posse: Brasil, Pátria Educadora.

    1. Lembrando que o escolhido é

      Lembrando que o escolhido é um professor de ética, matéria que não fez parte na formação da maioria dos nossos políticos , independente de partidos.

  8. Não tem perfil, tem defeitos, mas eu gosto dele

     

    Luis Nassif,

    Não creio que Renato Janine Ribeiro tenha o perfil que eu avalio como adequado para Ministro da Educação. Em meu entendimento ele tem mais o perfil de um assessor. É alguém como A. Augusto Junho A., embora eu identifico-me mais na ideologia de Renato Janine Ribeiro. É claro que ele pode escolher um bom grupo de assessores e um bom chefe de executivo e como também não há nenhum mistério na condução do Ministério da Educação, ele poderá fazer uma boa administração. E a avaliação de boa não é objetiva, mas subjetiva.

    Na década de 90 li um livro sobre ética e o único texto que gostei foi o de Renato Janine Ribeiro. Da leitura deste texto dele sobre ética cresceu a minha admiração por ele. Com admiração eu sempre o critiquei pelo fato de ele tentar ver uma conciliação do PT e do PSDB.

    Se se for no Google encontrar-se-á muitos exemplos de comentários meus com crítica a ideia de Renato Janine Ribeiro de conciliar PT e PSDB. Um exemplo desta crítica pode ser vista no post “Comentando o discurso de Aécio – 5” de sexta-feira, 08/04/2011 às 12:04, aqui no blog de Luis Nassif e originado de comentário de Renato Janine Ribeiro. Lá junto ao comentário de Jotavê, enviado sexta-feira, 08/04/2011 às 11:21, eu enviei um comentário quinta-feira, 14/04/2011 às 01:54, do qual transcrevo o trecho a seguir:

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    “E finalmente há este quinto post da série intitulado “Comentando o discurso de Aécio – 5” de 08/04/2011 às 12:04 e cujo endereço é:

    http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/comentando-o-discurso-de-aecio-5

    O post “Comentando o discurso de Aécio – 5”, com atualmente 36 comentários, foi feito a partir de comentário de Renato Janine Ribeiro, que fora encaminhado sexta-feira, 08/04/2011 às 09:24, exatamente para junto do post com comentário seu que se transformou em post intitulado “Comentando o discurso de Aécio – 2”.

    Bem, feita a indicação e a ordenação dos posts com análise do discurso de Aécio Neves faço aqui outra observação que até pensei já ter feito a você ou aqui no blog do Luis Nassif, ou no blog de Alon Feuerwerker ou no blog de Na Prática a Teoria é Outra.

    Antes recomendo o post “Um último serviço” de 31/12/2010 no blog do Alon Feuerwerker onde eu respondi à questão que você me fizera. O endereço para o post é:

    http://www.blogdoalon.com.br/2010/12/um-ultimo-servico-3112.html

    Não sei se você já leu a resposta, mas ela serve para você não fazer confusão a meu respeito.

    Menciono aqui agora o post “Sirkis coordenará campanha” de 22/01/2010 no blog políticAética com destaque para meu comentário (#21) de 24/01/2010 às 17:22. O endereço é:

    http://politicaetica.com/2010/01/22/sirkis-coordenara-campanha/

    No comentário eu faço referência a algumas pessoas de destaque envolvidas em tentar fazer a junção do PT com o PSDB. No post “Sirkis coordenará campanha”, dois que eu menciono são Renato Janine Ribeiro e José Eli da Veiga.

    Pensei que eu já fizera algum comentário em que eu colocava você na companhia dos outros dois e mais alguns. Procurei no blog em hibernação de Na Prática a Teoria é Outra e no blog de Alon Feuerwerker, mas não encontrei nada semelhante. Recentemente, no blog de Alon Feuerwerker junto ao post “A teimosia dos fatos” de sábado, 26/03/2011, diante de um belo achado do comentarista Ismar Curi que dissera a respeito de Alon Feuerwerker que ele [Ismar Curi] admirava o esforço de Alon Feuerwerker para equilibrar entre as ideologias tucanas e petistas, eu enviei quarta-feira, 30/03/2011 às 13p1min00s BRT um comentário com um trecho que eu transcrevo a seguir:

    “Há muito eu faço referência para a semelhança de postura de Alon Feuerwerker e algumas outras personalidades que almejam o que você chama de “equilíbrio entre as ideologias tucanas e petistas.” Evidencia isso parte de meu comentário (#51) de 15/04/2010 às 3:52 am (Numeração e data só aparecem quando não se baixa o intensedebate) junto ao post “Noblat e a Imensa Rede” de 14/04/2010 no blog de Na Prática a Teoria é Outra. No final (com um acréscimo que fizera depois) eu disse:

    “De todo modo, para você e outros (E você está em boa companhia, pois posso mencionar aqui o Renato Janine Ribeiro, o José Eli da Veiga e o Alon Feuerwerker (Embora o Alon Feuerwerker nunca tenha explicitado uma expectativa e esperança que PT e PSDB se unissem)) que vivem pregando uma conciliação do PT com o PSDB a situação vai ser cheia de revertérios nesses próximos 8 anos”.”

    Eu pensei que havia enviado o comentário no blog de Na Prática a Teoria é Outra exatamente para você. Não foi e assim eu o envio aqui. Nos comentários que você fez para a série de posts analisando o discurso de Aécio Neves não me pareceu que você tenha reassumido a sua feição PSDBista PTista, mas vez ou outra leio alguma coisa sua com essa característica e, assim, essa minha impressão fica aqui neste post “Comentando o discurso de Aécio – 5” de 08/04/2011 às 12:04.

    Bem, antes eu imaginava que havia certa semelhança na ideologia dos dois partidos, mas como a disputa para a presidência da República girou em torno das candidaturas de ambos, o PSDB encaminhou muito para a direita e a união dos dois partidos para mim fica cada vez mais difícil.

    Agora, a idéia que no início o PT e o PSDB estavam muito próximos e que essa proximidade pudesse ser recuperada ficou um pouco abalada quando li o artigo “A institucionalização do PSDB entre 1988 a 1999” de Celso Roma saído na Revista Brasileira de Ciências Sociais, Febrero Vol. 17 Num. 49 de 2002 e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://redalyc.uaemex.mx/pdf/107/10704906.pdf

    No artigo há uma descrição muito forte do PSDB já nos primórdios como um partido de direita.

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –  – – –  – –  –

    E para avaliar a indicação de Renato Janine Ribeiro, há um post ao qual eu frequentemente faço referência e que muito oportuno neste momento em que Renato Janine Ribeiro assume o ministério de Educação como também em que a taxa de câmbio vai para patamar mais adequado. Trata-se post publicado aqui no blog de Luis Nassif e que se chama “O partido industrial, por Renato Janine Ribeiro” de segunda-feira, 13/02/2012 às 09:56. Há uma pequena introdução feita por Luis Nassif ao artigo de Renato Janine Ribeiro. O post tem 44 comentários e se for contar talvez metade seja de comentários meus. Eu sou um defensor eterno da desvalorização. O Renato Janine Ribeiro também defendia a desvalorização. Era uma defesa ressabiada. Talvez a fraca defesa fosse decorrente da humildade de se reconhecer como não economista. Humildade que eu não tenho e de certo modo eu era até certo ponto crítico ao Renato Janine Ribeiro. A bem da verdade eu fui mais crítico da introdução que Luis Nassif fizera.

    Lembro ainda que houve um post aqui no blog de Luis Nassif em que Clelio Campolina criticava a falta de planejamento. Trata-se do post “O Brasil policêntrico” de sexta-feira, 04/11/2011 às 10:31. Depois a presidenta Dilma Rousseff chamou o Clélio Campolina para ser ministro da Tecnologia.

    O Renato Janine Ribeiro no post “O partido industrial, por Renato Janine Ribeiro” fazia críticas ao governo da presidenta Dilma Rousseff e depois é escolhido ministro da Educação. E a presidenta Dilma Rousseff é acusada de montar um ministério de medíocres que concordam com tudo que ela diz.

    Ao longo do tempo em que Renato Janine Ribeiro fazia os comentários para o jornal Valor Econômico, eu recriminava nele alguns textos com o viés de pegar leitores com essa visão tacanha sobre a corrupção. Dou o exemplo do artigo “A luta contra a corrupção desanima” e que por sugestão de Paulo Cezar foi publicado aqui no blog de Luis Nassif como post com o título “Corrupção: o seletivo é conivente, por Renato Janine” de segunda-feira, 01/08/2011 às 17:49. Nele eu envio segunda-feira, 01/08/2011 às 19:34, um comentário para Paulo Cezar e em seguida outro e depois um terceiro que eu envio terça-feira, 02/08/2011 às 19:37, em que eu afirmo o seguinte:

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    Paulo Cezar,

    Não dei destaque em meus comentários à menção à frase famosa de Rui Barbosa que Renato Janine Ribeiro fizera no comentário. Não dei importância porque a frase me pareceu isolada e eu ao vê-la no final do texto achei que era apenas uma forma de terminar o artigo. Ontem ao ler o artigo com mais atenção observei um complemento que faz toda a parte final merecer uma observação.

    Acho a frase de Rui Barbosa reveladora do mais puro cabotinismo. No texto, a frase contém um erro, pois no original consta (Destaquei em negrito o termo que não consta na frase reproduzida por Renato Janine Ribeiro:

    “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

    No texto de Renato Janine Ribeiro não há o termo “maus” que foi substituído por homens. Do jeito que o Renato Janine Ribeiro escreveu até que poderia dizer que não é cabotinismo, mas sim a descrição do problema da concentração do poder, que traria o triunfo da nulidade, da desonra e da injustiça. Nesse sentido Rui Barbosa estaria referindo-se a um mal da humanidade. No original, entretanto, Rui Barbosa está chamando os outros de maus. É claro que a frase dita por um político é compreensível, pois ela está de acordo com o ensinamento de José Arthur Giannotti do artigo “Acusar o inimigo de imoral é arma política, instrumento para anular o ser político do adversário” que eu mencionei em meu comentário enviado segunda-feira, 01/08/2011 às 19:34. No entanto, a frase de Rui Barbosa ficou como um ensinamento, como uma lição de ética e como ética ela não é válida. Primeiro porque ele não especifica a quem ele acusa. Dizer que os homens (e mulheres) maus detêm poder é frase que qualquer um poderia dizer. E segundo porque dizer como Rui Barbosa disse é acusar os outros de maus, enquanto ele seria bom. É o auto elogio e sem coragem (Nisso há inteligência) de mencionar a quem ele acusa. É frase que só tem valor em campanha política, mas expressa apenas retórica e não revela nada, a não ser o espírito cabotino do seu autor.

    Mas o mais relevante que eu queria dizer nesse comentário tem relação com as duas frases finais do texto de Renato Janine Ribeiro. Diz ele:

    “E, dado que citei o brasileiro que talvez tenha escrito mais difícil em nossa história, a ponto de hoje ser pouco lido porque não se entende o que ele disse, posso terminar indo para o outro lado, o da telenovela, e dizer que na novela “Insensato coração” é muito bom o nome do blog do jornalista Kleber Damasceno, “Impunidade zero”. É disso que precisamos.”

    Aqui, penso que o nosso filósofo que eu mais cultuo, pisou na bola. Impunidade zero é frase da tirania. Uma das limitações da pena é a reprovação social que o ilícito provoca. Há, também, um limite à sanção que é a impossibilidade de se ter a impunidade zero. Se tivéssemos a certeza que todos que cometeram o ilícito seriam descobertos e então condenados, a pena poderia ser elevada, pois não haveria a injustiça de se condenar um por ter praticado o ilícito enquanto o outro que praticou ilícito igual, mas não foi descoberto, não recebesse nenhuma sanção.

    Impunidade zero é discurso de marketing que não é factível em um sistema democrático. Há muito um promotor público do Estado de São Paulo publicou um artigo na Folha de S. Paulo em que ele defendia a idéia de que para não se ter a ilicitude era preciso da tirania (Na verdade haveria a tirania, mas evidentemente não se conseguiria evitar a ilicitude). Foi um grande texto. A idéia aqui parece diferente, mas é a mesma coisa. Para se ter a impunidade zero é preciso que todos que cometeram ilícitos no passados sejam descobertos e condenados. É objetivo inatingível. Impossível até para a tirania.”

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    Bem, e houve um momento em que Renato Janine Ribeiro realmente pisou na bola. Foi no texto “Razão e Sensibilidade” publicado na Folha de S. Paulo de domingo, 18/02/2007, em que ele trata do crime cometido contra o menino João Hélio. Idelber Avelar no post “Resposta a Renato Janine Ribeiro” de sexta-feira, 02/03/2007, fez mais uma crítica que merece a indicação porque lá há links para outras críticas que Renato Janine Ribeiro sofreu.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 27/03/2015

    1. Os links para artigos e posts mencionados acima e um pouco mais

       

      Luis Nassif,

      Finalizo o meu comentário anterior enviado sexta-feira, 27/03/2015 às 19:34, para você aqui neste post “O pensamento do novo Ministro da Educação, Renato Janine” de sexta-feira, 27/03/2015 às 19:34.

      Primeiro remeto ao meu comentário acima que eu enviei sábado, 28/03/2015 às 01:26 para Alexandre Weber – Santos –SP junto ao comentário dele enviado sexta-feira, 27/03/2015 às 2309. Lá eu fiz menção a semelhança do pensamento de Renato Janine Ribeiro com o do comentarista aqui do blog e que eu mencionei no meu comentário anterior para você João Vergilio Gallerani Cuter e que tem estado sumido do blog e que assinava ora como Jotavê, ora como JV. Não disse nem antes para você nem também para Alexandre Weber – Santos –SP no meu comentário acima para ele, sobre o fato de que de certo modo a indicação do Renato Janine Ribeiro seja motivo de satisfação aqui no seu blog. Não só você tem dado destaque aos textos de Renato Janine Ribeiro, como o próprio Renato Janine Ribeiro tem feito esforço em vir até aqui no blog fazer um ou outro comentário. Além disso, com frequência, houve aqui no blog a troca de comentários entre Renato Janine Ribeiro e o comentarista João Vergilio Gallerani Cuter quando esse último era mais presente aqui no blog e que, como eu já mencionei antes, ultimamente anda sumido.

      Segundo lembro de um post recente e premonitório sobre a indicação do professor Renato Janine Ribeiro para ministro da Educação. Trata-se do post “Para o MEC, Gabriel Chalita ou Renato Janine Ribeiro?” de quarta-feira, 25/03/2015 às 16:43. Não enviei comentário para o post “Para o MEC, Gabriel Chalita ou Renato Janine Ribeiro?”, mas pensei em dizer que embora, para alguém de esquerda a opção por Renato Janine Ribeiro fosse a natural, há que se considera aspectos políticos.

      Há, além disso, que observar que talvez Renato Janine Ribeiro tenha menos pendores para assumir tarefas de chefe de executivo do que Gabriel Chalita possui como fruto da experiência dele assumindo cargo de unidades administrativas na esfera estadual e municipal. O endereço do post “Para o MEC, Gabriel Chalita ou Renato Janine Ribeiro?” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/para-o-mec-gabriel-chalita-ou-renato-janine-ribeiro

      E terceiro faço menção a três posts que surgiram na sequência da nomeação de Renato Janine Ribeiro, para ministro da Educação aqui no seu blog. O primeiro na sequência deste post “O pensamento do novo Ministro da Educação, Renato Janine”, foi o post “Globo ataca Janine e trata independência intelectual como erro” de sexta-feira, 27/03/2015 às 22:27, e de sua autoria e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/globo-ataca-janine-e-trata-independencia-intelectual-como-erro

      Bem, afirmei que daria destaque para três post na sequência deste post “O pensamento do novo Ministro da Educação, Renato Janine” porque eu queria chamar a atenção para o que você faz no post “Globo ataca Janine e trata independência intelectual como erro”. Não me pareceu correto você avaliar o noticiário do jornal O Globo como tendo sido crítico à nomeação de Renato Janine Ribeiro. Não li o noticiário do jornal O Globo, mas pelo título da reportagem do jornal O Globo e que você reproduz em cópia do jornal no seu post “Globo ataca Janine e trata independência intelectual como erro”, não vi nada de crítico nem a Renato Janine Ribeiro nem à escolha da presidenta Dilma Rousseff. O título do noticiário do jornal O Globo é o seguinte:

      “Novo ministro da Educação ja criticou Dima: ‘a maior parte do ministério é fraca’”

      E a reprodução do artigo do jornal O Globo que você apresentou no post “Globo ataca Janine e trata independência intelectual como erro” traz ainda o subtítulo da reportagem e é o seguinte:

      “‘Não vamos bem de líderes’, disse Renato Janine Ribeiro sobre Dilma, Aécio e Marina”.

      E ainda na reprodução do que você copiou e colou há a informação que a matéria é de autoria de André de Souza e Renata Mariz. Não há como ver no título e no subtítulo um ataque ao Renato Janine Ribeiro nem a acusação de que a independência intelectual é um erro.

      Talvez se possa mesmo dizer que é possível ver a reportagem como uma matéria crítica ou elogiosa à presidenta Dilma Rousseff, dependendo apenas de quem lê a notícia. Se você estivesse expressando apenas a sua opinião, tudo bem. Só que você quer tornar comum uma avaliação que você tem semelhante a de Renato Janine Ribeiro. De certo modo você considera o ministério da presidenta Dilma Rousseff como um ministério medíocre. Um filósofo faz avaliação semelhante e então você quer dar repercussão a esta avaliação. E você dá a repercussão transferindo a crítica para o jornal “O Globo”.

      E você não aproveitou a matéria do jornal O Globo apenas para reforçar a sua avaliação de que o ministério da presidenta Dilma Rousseff é fraco, utilizando a chancela de Renato Janine Ribeiro. Você foi mais longe ao relembrar uma antiga crítica sua de que a presidenta Dilma Rousseff não trabalha com pessoas que não falam aquilo que ela não quer ouvir. Foi mais longe e pior, pois a própria nomeação de Renato Janine Ribeiro, que deveria ser usada para refutar a acusação de que a presidenta Dilma Rousseff só nomeia quem diz sim para ela, foi utilizada para dizer que houve ali uma mudança da presidenta Dilma Rousseff. Ora se for assim como explicar a nomeação para o Ministério de Ciências e Tecnologia de Clélio Campolina que antes fora ao seu programa Brasilianas falar da falta de planejamento no Brasil, como eu mencionei quando fiz referência no comentário anterior ao post “O Brasil policentrico”.

      E outra, Clélio Campolina e Renato Janine Ribeiro são críticos do governo, mas são mais identificados com a linha ideológica da presidenta Dilma Rousseff. Como então imaginar que a presidenta só trabalha com pessoas que abaixam a cabeça para sempre dizer sim se ela tem no seu comando pessoas como Guilherme Afif Domingos, Gilberto Kassab e Katia Abreu, pessoas com ideologia bem antagônicas à da presidenta Dilma Rousseff?

      E este processo de dar à notícia a conotação do seu interesse se repetiu em um post mais recente para o qual você dá o título de “Como a mídia aprendeu a manobrar Dilma” de segunda-feira, 30/03/2015 às 18:46 e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/como-a-midia-aprendeu-a-manobrar-dilma

      Há muito o que concluir do comportamento dos grandes jornais de São Paulo no tratamento às futricas, intrigas e fuxicos no entorno do governo da presidenta Dilma Rousseff, a conclusão que você colocou no título do post “Como a mídia apreendeu a manobrar Dilma” pareceu-me a mais inconsistente. Tudo porque os jornais deram dimensão exagerada a palestra de Joaquim Levy em que ele teria criticado a presidenta Dilma Rousseff. Dizem que a presidenta Dilma Rousseff teria puxado a orelha de Joaquim Levy. Se puxou foi pela segunda vez e, no entanto, não houve nem uma referência à primeira vez. O que você chama atenção foi para um puxão de orelha em Nelson Barbosa que ela já havia dado no inicio do ano. Puxão de orelha que na sua avaliação teria sido tão sem razão como a forma que ela reagiu ao episódio de Pasadena. E você faz a comparação do puxão de orelha em Joaquim Levy, com o puxão de orelha de Nelson Barbosa e com a reação da presidenta Dilma Rousseff no caso de Pasadena do seguinte modo:

      “Assim como no episódio da Pasadena, um tema que se esgotaria na própria irrelevância, ganha corpo devido à reação da presidente. O que enfraquecerá o Ministro não é o factoide dos jornais, mas a bronca de Dilma”.

      Trata-se de situações diferentes que não deveriam ser comparadas ainda mais para deixar para a presidenta Dilma Rousseff a responsabilidade pelo que há de ruim em cada episódio. O caso Pasadena não está bem esclarecido, mas dizer que o episódio da compra da refinaria de Pasadena se esgotaria na própria irrelevância não é correto, porque pressupõe que não houve nada de errado na compra da refinaria de Pasadena e que bastaria a presidenta Dilma Rousseff não aceitar a provocação da imprensa para tudo ser esquecido. Eu considerei correta a reação da presidenta Dilma Rousseff no caso de Pasadena. Não foi a reação dela que fez o episódio permanecer na mídia.

      É uma pena que o caso da compra de Pasadena não tenha sido bem informado na mídia, mas se o episódio permaneceu na mídia por causa da reação da presidenta Dilma Rousseff é bom torcer para que ela tenha reações semelhantes. Embora eu considere a compra de Pasadena uma ótima compra, penso que a omissão da existência da cláusula Marlin no encaminhamento das informações que embasariam a decisão do Conselho de Administração da Petrobras fora proposital para que não houvesse decisão desfavorável do Conselho de Administração da Petrobras. E saber se o propósito era escuso ou não é questão importante que não deve permitir que o caso da compra pela Petrobras da refinaria em Pasadena seja esquecido.

      E que se esclareça que eu considero que a cláusula Marlin é uma cláusula capitalista plenamente de acordo com o mercado. Só que o governo tinha um parecer de Eros Grau que considerava que a Cláusula Marlim era prejudicial uma vez que geraria enriquecimento sem causa. Sobre isso deixo o link para o post “Cerveró, Delcídio Amaral e as cláusulas que prejudicam a Petrobras” de sexta-feira, 11/04/2014 às 18:29, aqui no seu blog e de autoria de Alexandre Costa e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/cervero-delcidio-amaral-e-as-clausulas-que-prejudicam-a-petrobras

      Trata-se de um post extremamente esclarecedor e que passou quase esquecido aqui no blog, pois há só 6 comentários junto ao post. Eu mesmo que, embora não seja especialista na área do petróleo, procurei acompanhar o máximo o desenrolar do imbróglio da Petrobras, não cheguei a fazer comentário junto ao post, provavelmente não tendo nem mesmo tido a oportunidade de fazer a leitura dele.

      Há um post posterior a este post originado de comentário de Alexandre Costa para o qual eu comentei e que é o post “A origem da Cláusula Marlim II” de terça-feira, 29/04/2014 às 11:24, publicado aqui no seu blog e originado de sugestão de Alberto Porem Jr. e para o qual eu enviei comentário e pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/fora-pauta/a-origem-da-clausula-marlim-ii

      Na sexta-feira, 27/06/2014 às 19:52, eu enviei um comentário para Pedro Penido dos Anjos junto ao post “Dez perguntas e respostas sobre a compra da refinaria de Pasadena” de sexta-feira, 27/06/2014 às 09:16, aqui no seu blog e com sugestão do Pedro Penido dos Anjos para matéria saída no blog Fatos e Dados da Petrobras com o seguinte título: “Dez perguntas e respostas para entender a compra de Pasadena”. O endereço do post “Dez perguntas e respostas sobre a compra da refinaria de Pasadena” é:

      http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/dez-perguntas-e-respostas-para-entender-a-compra-de-pasadena.htm

      O endereço da matéria “Dez perguntas e respostas para entender a compra de Pasadena” no site Fatos e Dados da Petrobras e que está datada de 24/04/2014, portanto a mesma data do post originado de comentário de Alexandre Costa é:

      http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/dez-perguntas-e-respostas-para-entender-a-compra-de-pasadena.htm

      O meu comentário para o Pedro Penido dos Anjos procurou fazer um apanhado sobre o assunto e traz muitas indicações de posts e artigos sobre a Petrobras com a informação sobre o link. Só não há referência ao post “Cerveró, Delcídio Amaral e as cláusulas que prejudicam a Petrobras”.

      Se este comentário tivesse sido enviado ontem, segunda-feira, 30/03/2015, como era minha intenção, não haveria o acréscimo dos quatro parágrafos a seguir. Hoje, entretanto, você publicou o post “Sobre as supostas críticas de Levy a Dilma” de terça-feira, 31/03/2015 às 09:10, em que você interpreta que a presidenta Dilma Rousseff não tomou como crítica e considerou do mesmo modo que você a fala de Joaquim Levy e que foi motivo do seu post “Como a mídia aprendeu a manobrar Dilma” de segunda-feira, 30/03/2015 às 18:46 que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/como-a-midia-aprendeu-a-manobrar-dilma

      Para você a fala foi sem importância e não teve a conotação que a mídia deu a ela, ou seja, você e a presidenta Dilma Rousseff avaliam que a fala de Joaquim Levy nem desmerece a presidenta Dilma Rousseff nem desmerece o próprio Joaquim Levy. Eu também penso assim, mas creio que os dois posts seus foram desnecessários.

      Embora eu concordasse com você na avaliação da fala de Joaquim Levy, quando li o post “Como a mídia aprendeu a manobrar Dilma” eu pensei em comentar questionando quem manobra quem ou quem pensa que manobra quem. Será que a Dilma cria esses atritos para com eles manobrar a mídia (Não vejo muito o que ela poderia ganhar com isso), ou para manobrar o público eleitor (Aqui o dividendo é alto e talvez explique o interesse em manobrar a mídia). Ou será que ela pensa em criar certa insegurança econômica de modo a manter o dólar o mais desvalorizado possível. Ou será que ela manobra os blogueiros para saírem na defesa dela (Aqui também não vejo o que poderia ganhar com isso, pois é pequeno o universo de eleitores dos blogs em uma corrida presidencial que se deixam influenciar pela argumentação apresentada e mudam de opinião sobre a capacidade de um político).

      A possibilidade de manobra sempre é possível. É preciso, entretanto, mais bem entender a realidade percebendo que recebimento de uma notícia é importante conhecer a mensagem, o meio (ou o mensageiro), quem mandou a mensagem e quem a recebeu. E do lado de quem a recebeu há uma frase celebre que eu nunca a vi no original que suponho ser em inglês, mas que pode ser apresentada em uma versão bem brasileira, mas eu prefiro na sua tradução literal como a li pela primeira vez: “As notícias soam diferente em Topeka e New York”. Além disso  não se deve esquecer do Aforismo XLVI do “Novum Organum” de Francis Bacon:

      “O intelecto humano, quando assente em uma convicção (ou por já bem aceita e acreditada ou porque o agrada), tudo arrasta para seu apoio e acordo. E ainda que em maior número, não observa a força das instâncias contrárias, despreza-as, ou, recorrendo a distinções, põe-nas de parte e rejeita, não sem grande e pernicioso prejuízo.”

      Li sobre esse aforismo em junto ao post “Ética, Heiddeger e Woody Allen” de terça-feira, 04/02/2014 às 14:18, aqui no seu blog e originado de sugestão de Marco St. que reproduziu da Revista Bula o artigo “Woody Allen e Heidegger: Morte aos monstros!” de autoria do médico e filósofo Flávio Paranhos. Considerando o aforismo e o fato que os frequentadores de blogs já trazem a cabeça bem feita – o bem aqui é mais no sentido de intensidade – não vejo muito que influência um blog teria eleitoralmente a ponto de um candidato fazer esforço em manipular o blog. De todo modo para quem quer ver o Aforismo XLVI de Francis Bacon no contexto em que ele é mencionado, deixo a seguir o endereço do post “Ética, Heiddeger e Woody Allen” que pode ser visto no link a seguir:

      https://jornalggn.com.br/noticia/etica-heiddeger-e-woody-allen

      Voltando aos posts sobre a nomeação de Renato Janine Ribeiro, um segundo post a indicar é “Renato Janine Ribeiro é o novo ministro da Educação” de sábado, 28/03/2015 às 16:40 e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/renato-janine-ribeiro-e-o-novo-ministro-da-educacao

      O post “Renato Janine Ribeiro é o novo ministro da Educação” apenas traz a repercussão da nomeação de Renato Janine Ribeiro segundo o jornal GGN que dá destaque mais a própria reação de Renato Janine Ribeiro. A única coisa importante aqui é observar na manifestação do Renato Janine Ribeiro o espírito conciliador dele.

      E o terceiro post é “A filosofia no Ensino Médio” de sábado, 28/03/2015 às 10:54, aqui no seu blog em que, por sugestão de Fiódor Andrade, foi transcrito o artigo “Último vôo da andorinha solitária” de autoria de Renato Janine Ribeiro publicado no Portal do Professor. O assunto é mais importante do que parece porque uma crítica que se faz à presidenta Dilma Rousseff é que ela está abraçando a causa do ensino que tenta privilegiar o ensino das ciências exatas. A escolha de um filósofo para o Ministério da Educação parece ir contra esta crítica.

      O endereço do post “A filosofia no Ensino Médio” aqui no seu blog é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/a-filosofia-no-ensino-medio

      E o artigo “Último vôo da andorinha solitária” pode ser visto no Portal do Professor no seguinte endereço:

      http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoImpresso.html?conteudo=350

      E agora passo a deixar os links para os posts ou artigos que eu tenha mencionado em meu comentário anterior.

      O post “Comentando o discurso de Aécio – 2” de quinta-feira, 07/04/2011 às 23:16, aqui no seu blog e consistindo de comentário de Jotavê pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/comentando-o-discurso-de-aecio-2

      O post “A teimosia dos fatos” de sábado, 26/03/2011, de autoria de Alon Feuerwerker pode ser visto no blog dele no seguinte endereço:

      http://www.blogdoalon.com.br/2011/03/seria-mais-razoavel-o-presidente-do.html

      O post “Noblat e a Imensa Rede” de quarta-feira, 14/04/2010, de autoria de Na Prática a Teoria é Outra (Celso Ribeiro de Barros) pode ser visto no seguinte endereço:

      http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=5876

      O post “O partido industrial, por Renato Janine Ribeiro” de segunda-feira, 13/02/2012 às 09:56, reproduzindo com breve introdução sua o artigo de Renato Janine Ribeiro saído no Valor Econômico pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-partido-industrial-por-renato-janine-ribeiro

      O post “O Brasil policêntrico” de sexta-feira, 04/11/2011 às 10:31, pode ser visto aqui no blog no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-brasil-policentrico

      O post “Corrupção: o seletivo é conivente, por Renato Janine” de segunda-feira, 01/08/2011 às 17:49, pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/corrupcao-o-seletivo-e-conivente-por-renato-janine

      O artigo “Acusar o inimigo de imoral é arma política, instrumento para anular o ser político do adversário” de autoria de José Arthur Giannotti pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.cefetsp.br/edu/eso/filosofia/artigogiannottigerapolemica.html

      O artigo “Razão e Sensibilidade” publicado na Folha de S. Paulo de domingo, 18/02/2007, e de autoria de Renato Janine Ribeiro pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u68751.shtml

      E o post “Resposta a Renato Janine Ribeiro” de sexta-feira, 02/03/2007, e publicado no blog de Idelber Avelar atualmente hibernando é:

      http://www.idelberavelar.com/archives/2007/03/resposta_a_renato_janine_ribeiro.php

      Há ainda como links para serem deixados aqui tendo em vista o comentário que enviei sábado, 28/03/2015 às 01:26, para Alexandre Weber – Santos –SP junto ao comentário dele enviado sexta-feira, 27/03/2015 às 2309, onde mencionei o post “O pesado legado que Joaquim Barbosa deixou para a democracia brasileira” de sexta-feira, 27/03/2015 às 09:15, aqui no seu blog, com texto de autoria de Maria Inês Nassif e o post “Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF” de sexta-feira, 21/09/2012 às 19:44, originado de comentário de Jotavê.

      Os dois posts valem tanto pelos posts em si como porque no post “O pesado legado que Joaquim Barbosa deixou para a democracia brasileira” eu deixei um link para a declaração de voto da sessão de quinta-feira, 20/09/2012, no STF do ministro Enrique Ricardo Lewandowski, e o post “Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF” é exatamente a primeira manifestação em que não só há o link para a declaração de voto do ministro Enrique Ricardo Lewandowski em que ele mudou de entendimento sobre o crime de corrupção e passou a acompanhar o entendimento de Joaquim Barbosa, como há um tratamento adequado dessa mudança considerada como um avanço no combate a corrupção no Brasil. Deixo, entretanto, para apresentar os respectivos links em comentário que pretendo enviar para junto do comentário de Alexandre Weber – Santos –SP.

      Bem, finalizo com uma observação sobre a condução do Ministério de Educação por Renato Janine Ribeiro. Já mencionei que avalio que Renato Janine Ribeiro não tem o perfil para uma chefia de executivo em um órgão como o Ministério da Educação. Só que o mundo não é tão simples. O Ministério da Educação tem um caminhar já planejado impossível de mudar em prazo de dois a quatro anos. A condução executiva do Ministério da Educação pode ser delegada para alguém do próprio corpo da instituição. O que o Renato Janine Ribeiro poderá fazer e que está mais vinculado à formação e capacidade dele será montar uma espécie de Think Tank (Centro de Reflexão ou Laboratório de Idéias) para cuidar das grandes transformações necessárias na área educacional. Imagino que ele tenha sido convidado muito dentro desta perspectiva.

      PS: Já tentei várias vezes encontrar a frase “As notícias soam diferente em Topeka e Nova Iorque”. Hoje, já quase ao finalizar o meu comentário que eu havia iniciado no domingo, resolvi tentar no Google uma pesquisa com a frase traduzida em inglês. O primeiro site fornecido trazia o seguinte resumo:

      “If you’ve ever had the chance to watch or listen to news from various places around the country, you know that the news in New York, Chicago, and Los Angeles looks and sounds much different than the news in Utica, Pensacola, and Topeka”

      A frase acima está na página 172 que trata do tamanho do mercado (Market Size). Não é exatamente a frase que eu pensei mas serve ao meu propósito. Há diferenças, mas elas são irrelevantes. Eu conheci a frase na década de 70, e a pesqueisa apontava para o livro “Broadcast News Producing”, de Brad Schultz, indicando como data 2004. O contexto também em que a frase foi utilizada é um pouco diferente.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 31/03/2015

  9. O futuro nos dirá

    Acredito que a Dilma, aos poucos, poderá superará o atual isolamento compondo-se com pessoas do tipo do professor Ribeiro, e melhorando sua comunicação com o Edinho Silva e o Berzoini. Inevitavelmente administrará a convivência com os políticos que promovem a corrupção próxima ao governo como vez no primeiro mandato e certamento demitirá os que forem pegos em mal feitos. Não tem muita saída , tem que conviver.

    Acredito que aos poucos a grande maioria da população confirme a crença na sua lisura e honestidade, e de sua ojeriza quanto a desonestidade.

    Agora convencer os descendentes dos bandeirantes e dos beneficiários das capitanias hereditárias que devem abandonar o jeitinho, a pouca ética, a cara de pau completa de usar camisa verde e amarela e ao mesmo tempo não emitir NFs, burlar o ISS e o ICMS, fazer “planejamento tributários” sempre burlar o IR, fazer gatos de energia e de água, promover o benefício privilegiado seu ou de parentes a cargos e benefícios, sempre tentar suspender ou burlar multas, e junto a tudo isto gritar FORA DILMA, sinceramente acho que não vai acontecer. Está no sangue desta gente, ainda mais estimulados pela desinformação completa patrocinada pelos órgão da grande imprensa.

    Só um grande trauma ou motivação ou campanha poderia atenuar estas características desta minoria da população. No mais sempre estarão querendo as vantagens exclusivamente para eles.

     

    1. Bem, ou o radicalismo te

      Bem, ou o radicalismo te cegou ou há algum benefício pessoal sendo impedido de se realizado semestimular o conflito, seja ele no campo das idéias ou  na vida real!

       

  10. Mais um do paulistério. Não

    Mais um do paulistério. Não há ninguém fora de SP que possa pensar e agir na educação no Brasil. Além disso, um uspiano elitista, que não sabe e nem quer saber por onde passa o PNE, qual é signicado de 10% do PIB para a educação. A opção petista paulista (Newton Lima), ex-presidente do ANDES-SN, coordenador da área de educação do programa de Lula em 2002, que gerou o documento “Uma Escola do Tamanho do Brasil”, experiente me gestão pública, poderia iniciar a batalha pela implantação do PNE. Dilma e Mercadante, uma dupla.

  11. Gentileza gera gentileza?

    É um texto de boa vontade do Janine com relação à Dilma.

    Só que a Dilma dá mostras sistemáticas de não ser capaz de algo recíproco, a começar com os seus próprios eleitores. Ou alguém acha que os atuais índices de rejeição do seu governo são apenas uma invenção do PIG? Ora convenhamos!…

    1. São =, mas são ≠. São filósofos, professores e amam PT e PSDB

       

      Alexandre Weber – Santos –SP (sexta-feira, 27/03/2015 às 2309),

      São parecidos. Os dois são filósofos, professores provavelmente na USP e como eu lembro em comentário que já deveria ter aparecido aqui neste post “O pensamento do novo Ministro da Educação, Renato Janine” de sexta-feira, 27/03/2015 às 19:34, os dois alimentavam a idéia de ver PT e PSDB unidos.

      Talvez esse pensamento tenha decorrido de um pouco de concepção platonista (O corretor automático do word sempre corrige o platonista para plantonista). Eles idealizam a política como Platão e isso não existe. A burocracia estatal é idealizada como a weberiana, o capitalismo como o capitalismo austríaco liberal. São modelos ideais que apenas dificultam a compreensão da realidade. Agora nos nomes eles são diferentes.

      O Jotavê, que às vezes assinava JV, anda meio desaparecido, mas teve um post aqui fantástico na época do julgamento da Ação Penal 470 no STF e do qual eu lembrei hoje em comentário que enviei hoje, sexta-feira, 27/03/2015 às 13:54 para Maria Inês Nassif junto ao post “O pesado legado que Joaquim Barbosa deixou para a democracia brasileira” de sexta-feira, 27/03/2015 às 09:15, aqui no blog de Luis Nassif.

      Para fazer a referência ao post eu disse o seguinte:

      “Em um dos meus comentários, eu aconselhei ao advogado José Roberto Militão que desse uma olhada no post “Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF” de sexta-feira, 21/09/2012 às 19:44, originado de comentário de Jotavê (Professor de filosofia João Vergílio Gallerani Cuter, que às vezes se identifica como JV e que anda sumido aqui no blog)”.

      Se você for ao post “Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF”, não esqueça de fazer uma visita também à declaração de voto do ministro Enrique Ricardo Lewandowski da sessão de quinta-feira, 20/09/2012, e a qual Jotavê comenta.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 27/03/2015

      1. Ligeiro comentário

        Estou sem tempo agora para discutir um post como o que você indicou sobre o Levandowisk, mas fico com o sentimento que não foram a fundo na questão.

        Na guerra e no amor, vale tudo.

        Ali eles não arriscaram a vida, ou, não botaram a grana no que eles falam.

        Não gosto de gente que entra com um pé atrás, sinal de fraqueza.

      2. Seguem os links para os dois posts e para o vídeo a ser visto

         

        Alexandre Weber – Santos –SP (sexta-feira, 27/03/2015 às 2309),

        Vou postar este comentário acima da sua resposta porque ele é apenas para deixar os links para os posts e vídeos a que eu me referi no meu comentário anterior enviado sábado, 28/03/2015 às 01:26, para você.

        Mencionei o post “O pesado legado que Joaquim Barbosa deixou para a democracia brasileira” de sexta-feira, 27/03/2015 às 09:15, aqui no blog de Luis Nassif, com texto de autoria de Maria Inês Nassif e o post “Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF” de sexta-feira, 21/09/2012 às 19:44, originado de comentário de Jotavê. E no post “Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF” Jotavê faz a análise da declaração de voto do ministro Enrique Ricardo Lewandowski da sessão de quinta-feira, 20/09/2012. Infelizmente ele não faz a indicação do vídeo da declaração. Para um estudante de direito o vídeo é imperdível, ou mesmo para um advogado que tenha interesse em conhecer um pouco mais a teoria do crime e assim eu deixo de imediato o link para o vídeo da declaração de voto do ministro Enrique Ricardo Lewandowski da sessão de quinta-feira, 20/09/2012, no STF no julgamento da Ação Penal 470:

        http://www.youtube.com/watch?v=m6uyOzTG2T8

        Como não tinha ido ao post “Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF” há muito tempo resolvi dar uma olhada lá e encontrei, no que seria hoje a quarta página, o comentário de Vânia enviado sexta-feira, 21/09/2012 às 19:58, e junto ao comentário dela um comentário meu enviado sábado, 22/09/2012 às 12:48. Vale a pena dá uma olhada no meu comentário até pelos links que eu deixo para outros posts e que são muito importantes para o entendimento do julgamento da Ação Penal 470.

        Não sei o que na sua resposta ao meu comentário e que segue abaixo e que fora enviado sábado, 28/03/2015 às 13:11, você quis dizer por “mas fico com o sentimento que não foram a fundo na questão”. Se você se refere ao julgamento da Ação Penal 470 no STF eu discordo de você e reforço esta minha percepção transcrevendo um trecho do meu comentário para a Vânia lá no post “Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF”. Disse eu lá:

        – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

        “Fiz um comentário para o post “A caracterização do crime de corrupção passiva na AP 470” de sexta-feira, 21/09/2012 às 09:38. O comentário está na segunda página e fora enviado, sexta-feira, 21/09/2012 às 13:26 para junto do comentário de Jandui Tupinambás enviado  sexta-feira, 21/09/2012 às 10:28. O endereço do post “A caracterização do crime de corrupção passiva na AP 470” na segunda página em que se encontra o meu comentário é:

        http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-caracterizacao-do-crime-de-corrupcao-passiva-na-ap-470?page=1

        Chamei atenção para o comentário não só por tratar da questão do voto de Ricardo Lewandowski como também pelo seguinte trecho do meu comentário que eu transcrevo a seguir. Disse eu lá:

        “Ricardo Lewandowski não só tem mais conhecimento de direito do que eu, como é mais sábio. Ele simplesmente disse que toda essa conversa de compra de votos é besteira”.

        Eu devia ter acrescentado e mais educado, porque Ricardo Lewandowski não falou que falar sobre os votos dos deputados era besteira. Ele deixou subentendido que era desnecessário”.

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        O importante aqui é observar que naquela etapa do julgamento já estava caracterizado que ninguém seria condenado por ter votado segundo o desejo de quem forneceu determinada vantagem. Caracterizou-se como corrupção passiva o crime cometido pelo funcionário público consistindo basicamente em receber uma vantagem indevida exercendo uma função com grande poder de atuação. Enfim, o STF transformava o crime de caixa dois em crime de corrupção quando o réu na corrupção passiva tem grande poder de atuação.

        Na página 5 e última do post “Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF”, a partir do comentário de Anônimo enviado sábado, 22/09/2012 às 19:33, foram feitas duas indicações preciosas. Primeiro Geraldo Reco em comentário enviado sábado, 22/09/2012 às 01:30, deixa o link para a declaração de voto do ministro Enrique Ricardo Lewandowski:

        http://www.youtube.com/watch?v=m6uyOzTG2T8&feature=bf_prev&list=PLE4D1CD8C85A97629

        Não visitei este endereço deixado por Geraldo Reco que é diferente do que eu deixei um pouco antes, mas há em seguida e junto ao comentário de Geraldo Reco, a manifestação do comentarista Edgar André que, em comentário de sábado, 22/09/2012 às 13:01, reclama do áudio do vídeo. E ainda dentro dos comentários junto ao comentário do Anónimo e mais à frente, respondendo uma pergunta sobre a fundamentação do voto do ministro Celso Melo apontada pelo ministro Lewandowski, o Geraldo Reco em comentário enviado sábado, 22/09/2012 às 19:30, deixa o link para a Ação do Collor, PC Farias e cia contendo 756 paginas e que seria o seguinte:

        http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=324295

        Para finalizar o endereço do post “O pesado legado que Joaquim Barbosa deixou para a democracia brasileira” é:

        https://jornalggn.com.br/noticia/o-pesado-legado-que-joaquim-barbosa-deixou-para-a-democracia-brasileira

        E o endereço do post “Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF” é:

        https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/lewandowski-expoe-hipocrisia-dos-garantistas-do-stf

        Bem, você fez um comentário curto falando da alma de pessoas sem identificação. Eu questiono um pouco o que você diz. Questiono porque você não menciona diretamente ninguém existindo uma indeterminação no pronome eles. E o meu questionamento é pequeno, isto é, questiono um pouco porque você parece mais falar da alma algo que eu desconheço muito.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 31/09/2015

  12. Hum… ministro da educação…
    Eu realmente espero que este texto tenha sido editado por um orangotango porque, se ele foi escrito por um ministro da educação eu realmente ficarei assustado. Como pode um ministro da educação escrever tão mal e porcamente? Erros de sintaxe, concordância e digitação…

    1. texto do Renato Janine no Valor

      Jaldomir, meu caro.

      Com certeza deve ter acontecido algo na revisão que deve anteceder a publicação do texto.

      uem pode responder é o Luis Nassif.

      Agora, com certeza, o futuro ministro toca em pontos cruciais de parte daquilo que é projetado por nós brasileiros na Presidente.

      Atenciosamente,

      Willians

  13. Excelente indicação para

    Excelente indicação para Ministro da Educação, merece elogios. Professor Renato Janine muito tem a contribuir.

  14. Prudente observar o momento

    Prudente observar o momento político , através da ótica filosófica: a contaminação pelo vírus da corrupção encontra-se disseminado, a ponto de não conseguirmos identificar com facilidade  os individuos não doentes,(Senado Federal e Câmara dos Deputados), fato que certamente dificulta ou impossibilita  a governabilidade da  Presidente Dilma ou qualquer outro Presidente que decidisse governar não atendendo aos interesses e beneficio dos partidos político.Acredito que a maior parcela de culpa por esse cenário caótico  e a nossa falta de censo critico e esclarecimento para entender que: ” O poder emana do povo  e em seu beneficio seja exercido” E que o Sr Ministro da Eduação,Renato Janine,entenda que,cortar custo pela EDUCAÇÃO, é  desenhar um cenário ainda pior para nossa Pátria .

  15. Na  palestra  no  apartamento

    Na  palestra  no  apartamento , o  ainda  não  Ministro  dividiu  o  tempo  politico  brasileiro  em  3  etapas : 1)-inflação :

    2)-inclusão  social  e  3)-Manifestações  de  rua…  Nenhuma  consideração  geopolitica , nenhuma  observação  sobre

    a  atuação  da  midia… Será  que  não  há  interesses  externos  sobre  nossa  politica  economica , sobre  a  entrada  do

    BRASIL  nos  BRICKS , O  BANCO rival do  FMI , o  contrato  de  partilha  do  PRESAL ?  Achei  muito  intelectualizada

    e  gentil (não  guerreira)  a  interpretação  do  momento  historico  brasileiro !

    Há  ou  não  uma  interferencia  americana?  Ou  vamos  esperar  passar  50  anos  para  lermos  nas  bibliotacas  de

    washington ?

    O   PROBLEMA  É  SERIO  e  nos  estamos  discutindo  defeitos  de  etiqueta  da  PRESIDENTA  Dilma …

     

                                                                          OCG

     

     

     

     

     

      

     

     

     

  16. Péssimo

    Um cara desses que nem sequer completou a própria educação, ser Ministro da Educação? Estão de sacanagem mesmo. Já não tem mais explicação esse governo. O cara defende a “revolução cultural” gramsciana como ferramenta para implantar o socialismo, fala meia dúzias de boçalidades e vira ministro. O estrago que o PT fez, o Brasil vai demorar anos para consertar. E o pior são os estudantes que não sabem o que tá acontecendo mas apoiam isso e só percebem que caíram no conto “revolucionário”, depois que começam a ler realmente.

    1. Ótimo

      Esse cometário do Tolentino é o mais “sem pé nem cabeça” que já li.

      Ou não leu o texto ou ficou tão impressionado da forma clara e coerente que foi escrito que não admite tamanha verdade exposta para um grande númerod e pessoas.

      O artigo do Ministro da Educação é, no mínimo, ótimo.

       

       

  17. o ministério da educação.
    E uma reflexão excelente sobre a ética na sociedade brasileira como um todo. Nao adianta apontar o dedo para o outro se cada um não fizer a análise de sua conduta também.

  18. Manipulação é o nome do jogo…

    A publicação desse artigo como síntese do “pensamento do novo Ministro” é prova de que nem só a mídia [de direita] tenta manipular seus leitores…

    Isto é, fica no ar uma intenção de fritura do ministro; a idéia mais do que evidente de que a nomeação e esse artigo de louvação a Dilma se relacionam.

    Só que se essa ilação procede o demérito será exclusivo da Dilma e não do próprio Janine. O que importa saber afinal é o que o “novo Ministro” pensa sobre a Educação:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=DXxaMT66ubM align:left]

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