Breve comentário sobre o caos adiante do ajuste em curso, por Rodrigo Medeiros

De acordo com os mais variados indicadores de confiança, é possível dizer que a perspectiva não é positiva no horizonte próximo para o Brasil. Nesse sentido, creio ser interessante analisarmos, ainda que brevemente, algumas questões.

Em artigo publicado no Valor Econômico, o professor Marcos Nobre afirma:

“A descoordenação chegou a tal ponto que nem mesmo a parte importante do PIB que decidiu se expor e articular em favor da suspensão das movimentações pela saída de Dilma conseguiu produzir confluência no campo do grande empresariado. O que essa atuação produziu foi um susto no sistema político, sempre sensível a uma concertação da alta finança e do alto empresariado. Mas o susto passou rapidamente. Ao longo da semana, ficou claro que a movimentação não tinha sido ampla o suficiente para ser representativa. As forças favoráveis ao afastamento da presidente se colocaram em campo da mesma maneira caótica de antes.

Acontece que não é pela política que se produzirá o colapso, mas pela economia, que deteriora com rapidez. Uma economia sem o lastro necessário da política. Ficou agora patente aquilo que todos os principais atores sabiam, mas deixaram em suspenso para cuidar de seus afazeres: não há mais como ignorar a desgraça orçamentária do governo. E, como desgraça pouca é bobagem, isso precisa ser feito juntamente com a elaboração e aprovação de um orçamento crível para 2016. Não se vê no horizonte capacidade de coordenação e unidade de ação capazes de produzir esses dois resultados. E, no entanto, o preço de não se conseguir alcançar esses dois objetivos será não apenas alto, mas cobrado em dólares. E o país não está em condições de pagar esse preço [1].”

Ao longo do ciclo econômico é muito comum que uma fase de boom seja acompanhada pelo aumento das taxas de juros e a retração seguida pela redução das taxas de juros. Entre nós, no entanto, as taxas de juros sobem inclusive no ciclo de retração da economia. Não é tão difícil de entender o motivo, pois ainda não nos livramos do subdesenvolvimento. A queda dos preços internacionais das commodities desde 2014 impactou adversamente na América Latina e há, portanto, pressão inflacionária na região por conta do repasse das desvalorizações cambiais das moedas nacionais.

A elevação da taxa básica de juros no Brasil não está objetivando atuar diretamente sobre a tomada de crédito em um contexto de recessão, mas busca segurar o câmbio, algo comum desde o Plano Real. O gráfico publicado no jornal Valor Econômico [2] revela o tamanho histórico desse gasto e não é tão difícil avaliar o seu impacto no resultado fiscal brasileiro:

Do ponto de vista das exportações brasileiras, é fato bem conhecido que a sua base perdeu complexidade econômica nos últimos trinta anos. A sobrevalorização cambial crônica do real desde 1994 e a desindustrialização prematura integram esse processo regressivo de inserção internacional. Segundo recomenda a literatura sobre desenvolvimento, leis de Engel e Thirwall, por exemplo, o Brasil deveria ter trabalhado efetivamente para elevar a elasticidade-renda da demanda das suas exportações. Entretanto, a participação da indústria de transformação atingiu 10,9% do PIB em 2014, algo comparável ao peso da mesma em 1947.

Matéria do NYT, por sua vez, destacou que os bancos brasileiros ganham em qualquer fase do ciclo econômico:

Yet the gains have been much more impressive for the nation’s banking industry, even as the manufacturing sector has stagnated and the broader economy has ridden the ups and downs of global commodity prices. The combined annual profits of Brazil’s four biggest banks have grown more than 850 percent to just over $20 billion, from $2.1 billion, in the 12 years of Workers’ Party rule [3].

Como se pode notar, há algumas graves distorções que mereceriam integrar as possibilidades de ajustes macroeconômicos em nosso país.  

Rodrigo Medeiros é professor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)

[1] http://www.valor.com.br/politica/4202198/colapso-vista

[2] http://www.valor.com.br/brasil/4202226/gasto-com-juros-ja-consome-quase-8-do-pib

[3] http://www.nytimes.com/2015/08/14/business/dealbook/in-good-times-or-bad-brazil-banks-profit.html?_r=1

Rodrigo Medeiros

14 Comentários

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  1. O Brasil está sentado sobre

    O Brasil está sentado sobre uma montanha de dinheiro: com US$ 370 bilhões de dólares em reservas cambiais rendendo 0% nos EUA, é só vender US$ 10 bilhões, com o dólar a R$ 3,60, que o problema do déficit será resolvido rapidamente. A presidente Dilma precisa tomar atitude de Estadista e começar a governar o país e ser mais próativa. A bola do jogo está com ela.

  2. Juros, juros e mais juros.

    R$ 35 bi de déficit. E R$ 452 bilhões de juros. Como fechar as contas com um “ajuste” assim?

     

    jurosdeficit

    O Governo anuncia sua proposta orçamentária para 2016, prevendo um déficit de R$ 35 bilhões, ou 0,5% do PIB.

     

    Ruim, mas não mortal. A maioria dos países europeus, hoje – e já há tempos – têm déficits orçamentários imensamente maiores. Os EUA, nem se fala: estão comemorando a queda de seu déficit para “apenas” US$ 431 bilhões – R$ 1,55 trilhão, ou 2,4% do PIB americano.

     

    Mas como fazer superávit – em tese para pagar encargos da dívida pública e reduzir seu montante – se o Banco Central, com apoio do Governo, eleva sistematicamente a taxa que incide sobre esta dívida e obriga o país a, hoje, despender com juros  R$ 452 bilhões, ou  7,92% do PIB?

    Não é possível fazer superávit sem atividade econômica que gere arrecadação e é impossível sustentar a atividade econômica se, além da paralisia provocada pela Lava Jato (e que se estende muito além das obras com suspeitas) e da crise internacional, a própria área econômica do Governo diz  -por palavras e atos – que quer fazê-la cair em nome de um combate a inflação que, francamente, só um louco pode dizer que, no Brasil, tem na demanda um fator de elevação?

     

    É hora de o Governo brasileiro ver que, ao lado do arrocho necessário nos gastos públicos, é preciso que se restaure a confiança na economia, o que não se dá com uma simples conta de superávit ou déficit público, mas com a retomada de um mínimo de dinamismo nos investimentos e no consumo das famílias.

     

    Os comentaristas econômicos, que gostam tanto de comparar esta questão do superávit a “uma família que gasta mais do que ganha”, nunca dizem que, mesmo que a família gaste menos, jamais haverá equilíbrio se seus ganhos (neste caso, a arrecadação) minguarem à penúria.

     

    O Brasil não quer se negar aos capitais, nem pretende que eles invistam em títulos públicos e financiem o governo a juros irrisórios.

     

    Mas tem de ter coragem de se negar a ser um playground do capital.

     

    Que não vai fugir do Brasil, não aquele que mais importa, o que traz empresas, produção, emprego e desenvolvimento.

     

    O outro, corre para os bonds do Tesouro Americano por qualquer tremor na China ou 0,5% de juros do Federal Reserve.

     

    E olhe lá, porque o Brasil é bom negócio.

     

    Mas, para isso, o Governo deve abandonar a “síndrome do molambo”, esta sua compulsão irresistível de remendar situações e assumir claramente suas metas.

     

    Assumir e fazê-las factíveis, porque prometer, como se fez, superávit de 1,2% do PIB e, ao mesmo tempo, eliminar qualquer possibilidade de obtê-lo por forçar durante seis meses uma “aceleração da recessão”, com sucessivos aumentos da taxa de juros,  é algo incompreensível.

     

    O Brasil vei se reequilibrar andando, e este deve ser o esforço. Não irá, porém, fazê-lo parando.

     

     

     

      1. Advérbio modifica um verbo

        Se você quer usar um advérbio precisa de um verbo a ser modificado.  Mostre-me onde está o verbo em sua frase.  Ainda não consegui encontrar.

        Com esta demonstrração de segurança cheia de empáfia a respeito da Língua Portuguesa, aconselho os leitores do Blog a tomarem mais cuidado em aceitarem suas afirmações sobre Economia, pois podem estar comprando advérbios sem verbos.

  3. Pela substituição das importações o Brasil retoma o crescimento

     

    Rodrigo Medeiros,

    Ao ler na chamado deste post “Breve comentário sobre o caos adiante do ajuste em curso, por Rodrigo Medeiros” de terça-feira, 01/09/2015 às 06:46, a referência a confiança e perspectiva da economia, eu pensei que você também tivesse sido apossado pela “fada da confiança” que você criticou lá no seu artigo que virou o post “Ressaca econômica? Por Rodrigo Medeiros” de quarta-feira, 24/06/2015 às 14:53, aqui no blog de Luis Nassif.

    O endereço do post “Ressaca econômica? Por Rodrigo Medeiros” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/rodrigo-medeiros/ressaca-economica-por-rodrigo-medeiros

    Depois da introdução que parecia ser contrária a suas ideias você enveredou por outros caminhos, mas ainda assim creio que há má vontade ao não ver no câmbio uma saída para a economia brasileira e não falo tanto pelo lado das exportações, que, mesmo reduzindo o valor em dólar, ganharão pelo lado da quantidade de real recebido pelo setor exportador, mas principalmente pelo que representa de ganho para o produtor brasileiro a substituição das importações.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 01/09/2015

    1. Confiança…

      Para um “agente econômico”, a confiança é baseada na perspectiva de lucro (empresário) ou de emprego (trabalhador). Se essas perspectivas caem, a confiança é reduzida. Só há uma forma de melhorar a confiança, portanto. A economia precisa retomar algum crescimento, algo que não está colocado no horizonte próximo. 

      Olha no Focus:

      http://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20150828.pdf

      Cordialmente,

      Rodrigo

       

       

      1. Tenho confiança que o câmbio puxará a economia brasileira

         

        Rodrigo Medeiros, (terça-feira, 01/09/2015 às 10:17),

        O meu questionamento foi no sentido de apontar para uma prática comum entre os economistas e que é analisar a economia com base nas declarações dos economistas de governo e de oposição e não com base na realidade econômica. Eu não levo a sério as declarações de economistas de Chicago com prêmios Nobel por que levaria a sério as declarações de Joaquim Levy.

        Como não sou economista e não tenho essa admiração toda pelos economistas, eu gosto de me apegar à realidade da economia brasileira e não ao que dizem os economistas. É claro que não sou de refutar um bom argumento de economistas de escol. Um porque não tenho conhecimento para tal e dois porque só considero um bom argumento aquele que está de acordo com as minhas idéias. Se bem que pode ter existindo alguma situação em que eu mudei de opinião para ajustar ao pensamento de algum economista de escol, mas mudanças assim são processadas tão subliminarmente que nós mesmos nunca sabemos quando isso aconteceu.

        Bem, mas ficando com o bom argumento serve como exemplo dele o artigo de Bráulio Borges, “Expectativas e retomada do crescimento”, e que foi publicado no jornal Valor Econômico e aqui no blog de Luis Nassif originou-se no post “Expectativas e retomada do crescimento, por Bráulio Borges” de quinta-feira, 30/07/2015 às 10:23, e que pode ser visto no seguinte endereço:

        https://jornalggn.com.br/noticia/expectativas-e-retomada-do-crescimento-por-braulio-borges

        Outro artigo com bom argumento é o de Caio Mengale publicado quinta-feira, 27/08/2015, no Valor Econômico com o título “Câmbio e o ajuste externo” e que pode ser visto no seguinte endereço ainda que na íntegra apenas para assinantes:

        http://www.valor.com.br/opiniao/4197846/cambio-e-o-ajuste-externo

        Enfim, para mim, o câmbio tem uma efetiva capacidade de gerar confiança na economia no sentido que você deu ao termo, isto é, no sentido de criar a “perspectiva de lucro (empresário) ou de emprego (trabalhador)”. Tudo é feito como diria Leonel Brizola, pelas bordas, mediante o aumento de dinheiro recebido pelo exportador ainda que as exportações não cresçam em dólares ou mesmo diminuam em dólares como ocorre atualmente (Um caso assim é claro que pode retardar o crescimento) e mediante a substituição do produto importado pelo produto nacional.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 01/09/2015

        1. Comento, sem discordar, mais para falar da inflação e de quetais

           

          Rodrigo Medeiros, (terça-feira, 01/09/2015 às 10:17),

          Repetindo o que eu dissera, avalio a questão da confiança importante, mas não pode ser o centro das atenções para o entendimento da economia real. E mesmo que a foquemos nela é preciso entender a natureza de que ela se reveste. E reconheço que se a confiança, mesmo que não se sabendo a sua natureza, tem importância, não haveria porque a descartar como eu geralmente faço. É claro que como leigo meu campo de atuação é mais amplo, pois não tenho a obrigação de estar correto, ou pelo menos bem fundamentado tecnicamente. Como o relógio parado que está certo duas vezes ao dia, eu procuro acertar mencionando também opiniões contrárias.

          Em comentário que enviei domingo, 23/08/2015 às 01:02, para junto do post “As intrigas contra Michel Temer” de sábado, 22/08/2015 às 19:39, eu pedi uma espécie de desculpa a Luis Nassif por sempre o criticar pela defesa que faz das expectativas gerada pela mídia. Desculpei-me pelo menos indiretamente mencionando um post de Roger Farmer em que ele faz a comparação entre dois povos iguais, mas sendo um otimista e outro pessimista para mostrar como há uma consequência boa para a economia ser constituída por pessoas naturalmente otimistas.

          Disse eu lá em parte do comentário, por sinal em uma pausa com o objetivo de colocar assuntos um pouco diferentes daqueles que verdadeiramente se relacionavam com o post “As intrigas contra Michel Temer”:

          “E antes de voltar ao que eu já houvera redigido como comentário, eu aproveito para me penitenciar um pouco pelo que venho ridicularizando você a respeito das expectativas. No domingo, eu vi no blog de Mark Thoma, “Economist’s View”, uma chamada para um post de Roger Farmer (no blog Roger Farmer’s Economic Window), com um título para mim bem chamativo: “Animal Spirits and the Two Natural Rates” de domingo, 23/08/2015. O endereço do post “Animal Spirits and the Two Natural Rates” é:

          http://rogerfarmerblog.blogspot.com.br/2015/08/animal-spirits-and-two-natural-rates.html

          O importante no post é que ele imagina dois mundos paralelos em que os habitantes fossem iguais (Ou, como ele diz, tivessem os mesmos fundamentos) com a única diferença que um era otimista e o outro pessimista. E então Roger Farmer demonstra que o país do povo otimista cresce mais rápido do que o país do povo pessimista. O texto é de fácil compreensão e vale bem dar uma olhada. De todo modo há que se considerar que o autor está tratando do longo prazo. E dois povos iguais, mas diferentes em relação as expectativas. E a crítica que eu faço à fé cega nas expectativas é em relação ao curto prazo. As pessoas não vão passar a gastar porque de repente ficaram otimistas, ou deixar de gastar se ficaram pessimista. Elas vão gastar mais se otimista ou se pessimistas se começarem a perceber que estão recebendo mais do que antes (Ou gastar menos se a percepção for ao contrário). No modelo de Roger Farmer, as pessoas otimistas gastam mais do que as pessoas pessimistas ganhando o mesmo tanto, porque as otimistas consideram que o que ganham é muito, enquanto as pessimistas pensam o contrário”.

          O endereço do post “As intrigas contra Michel Temer” é:

          https://jornalggn.com.br/noticia/as-intrigas-contra-michel-temer

          E outro post que eu penso ser válido mencionar aqui é “Crise: A Troika Brasileira” de sábado, 29/08/2015 às 19:46, publicado aqui no blog de Luis Nassif e originado de sugestão de Antonio Ateu para entrevista de Luiz Gonzaga Belluzzo à Revista Brasileiros. O post “Crise: A Troika Brasileira” pode ser visto no seguinte endereço:

          https://jornalggn.com.br/blog/antonio-ateu/crise-a-troika-brasileira

          Fiz um comentário lá que foi bem criticado pelo comentarista Marcos Paulo em comentário que ele enviou sábado, 29/08/2015 às 22:43 para junto do meu enviado sábado, 29/08/2015 às 17:27. Como você no conteúdo deste post “Breve comentário sobre o caos adiante do ajuste em curso, por Rodrigo Medeiros” de terça-feira, 01/09/2015 às 06:46, o Marcos Paulo, na crítica ao meu comentário, também não fez menção à inflação.

          Parece uma palavra proibida. A inflação tem seus efeitos perversos ao crescimento ao reduzir a demanda, mas ela também tem um efeito que muitos que a combatem não deviam passar por cima. A inflação corrói a dívida pública e a dívida das famílias. Talvez a inflação não faça o mal a economia que se atribuem a ela, mas nenhum governante suporta a pressão das ruas se a inflação é muito alta.

          É sobre o aspecto político que a inflação precisa ser analisada. É preciso considerar que se de um lado inflação tem influência acentuada na percepção das expectativas e da confiança e da perspectiva de crescimento, de outro pode ser que essa percepção não tenha influência nenhuma no crescimento econômico. No entanto, a inflação tem de ser enfrentada não porque ela possa reduzir as expectativas, a confiança e a perspectiva de crescimento, mas porque ela destrói a confiança e a popularidade de um governante.

          E às vezes o combate à inflação é uma forma do governo ter oportunidade de realizar ajustes que ele precisa fazer na economia. O governo precisava corrigir o câmbio e seria impossível ele fazer isso com queda no desemprego e demanda elevada. Demanda elevada, tendo em vista a taxa de câmbio, e era refletida no aumento das importações gerando déficit comercial que se acentuou com a queda dos preços das commodities e de déficit de serviços.

          Enfim, é o juro e a realidade externa a causa da atual recessão que o país atravessa. O ajuste fiscal é só para inglês ver, até porque com o aumento do juro aumenta os gastos públicos com juros.

          Sobre o assunto de expectativas eu achei interessante uma discussão que Poul Romer vem travando no blog dele. No post “Solow’s Choice” de sexta-feira, 14/08/2015, ele transcreveu um parágrafo supostamente com frases de Robert Solow a respeito das Expectativas Racionais, como se pode ver a seguir:

          “I even have trouble with the vertical long-run Phillips curve. I see its attractions very clearly, and I saw them at the very beginning. In fact, there is a peculiar inner conflict here. Deep down I really wish I could believe that Lucas and Sargent are right, because the one thing I know how to do well is equilibrium economics. The trouble is I feel so embarrassed at saying things that I know are not true. The long-run vertical Phillips curve seems so inevitable. On the other hand, nobody believes the deflationary half of the proposition. I don’t know anybody who would even lie out in the sun, let alone be burned at the stake, for the belief that if the unemployment rate is U* [e.g. the NAIRU] plus epsilon and we wait long enough, there would be accelerating deflation. That part no one believes”.

          O endereço do post “Solow’s Choice” é:

          http://paulromer.net/solows-choice/

          O trecho final do parágrafo acima e que volto a transcrever a seguir é realmente muito forte como crítica às expectativas racionais:

          “On the other hand, nobody believes the deflationary half of the proposition. I don’t know anybody who would even lie out in the sun, let alone be burned at the stake, for the belief that if the unemployment rate is U* [e.g. the NAIRU] plus epsilon and we wait long enough, there would be accelerating deflation”.

          Isso não impediu que Robert Lucas virasse referência máxima e ainda mais depois que ele foi premiado com o Nobel. E no entanto na época, eu que não sou economista, vendo o comportamento do Banco Central americano, eu disse para um colega, ele sim economista (Com doutoramento na Unicamp), que o prêmio Nobel era concedido aos economistas que tivessem um ideia genial, mas depois que ela se provasse falsa.

          Clever Mendes de Oliveira

          BH, 01/08/2015

  4. Ministro zé ruela…

    Continua com a máxima antiga econômica retrógada de ganhar muito arrecadando pouco.

    Baixa os juros e impostos e arrecada mais por volume comercializado e melhorando o sistema fiscalizatório brasileiro. Puta merda os caras não aprendem com a história.

    Ministro cabeça de planilha dá nisto aí. Voltamos lá atrás no governo do PSDB…

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