Mais de 30 artistas apresentam novos trabalhos no maior festival da língua portuguesa. É Costa da Caparica a mostrar que é muito mais do que dias de praia.
Onze horas de música por dia, surf, skate e cerca de 200 filmes são mais do que razões para não faltar ao festival O Sol da Caparica que, de 13 a 16 de agosto, promete voltar a encher o parque o urbano da Costa da Caparica. Pelos três palcos do festival vão passar 33 nomes incontornáveis do panorama musical em língua portuguesa, grande parte deles vão apresentar os seus últimos trabalhos.
São quatro dias que tornam possível o quase impensável: ao lado de uma das melhores frentes de praias do país vão actuar Xutos & Pontapés, UHF, Jorge palma, Paulo Gonzo, Vitorino, Carlão, Resistência, The Legendary Tigerman Oquestrada, Brigada Vítor Jara, Tito Paris, Luís Represas, e muito mais bandas que vão do Rock, Reggae, Hip Hop até ao Fado, isto para além de vários DJ’s.
Jorge Palma, Paulo Gonzo e Vitorino são apenas alguns dos grande nomes da música em português que este ano vão estar no festival O Sol da Caparica
“São 33 boas razões para ouvir música em português, no melhor da sua expressão e criatividade”, afirma António Miguel Guimarães, diretor artístico do festival. E, pelas suas contas, esta segunda edição irá “ultrapassar as cerca de 65 mil pessoas” que estiveram o ano passado.
Uma adesão de espetadores inesperada quando a Câmara de Almada lançou a ideia de conceber um festival unicamente em português. “Dos artistas em palco este ano, apenas um esteve na edição anterior. É Carlos Alberto Vidal: o Avô Cantigas que vai atuar no dia dedicado às crianças [16 de agosto]”, diz António Miguel Guimarães.
Aliás, para o diretor do festival não existe qualquer dificuldade em fazer um cartaz unicamente com artistas de expressão portuguesa. “Quando comecei a pensar no programa do festival percebi que, só com novos trabalhos, tinha mais de 200 artistas portugueses e lusófonos. Há por isso espaço para fazer este festival e mais festivais”.
Durante o intervalo dos espetáculos musicais entra em cena a Monstra nos grandes ecrans do festival. São cerca de 200 filmes representando mais de 25 países, que vão do lúdico ao cómico, ecológico estilo experimental, musical e sensual.
Para além de mostrar o muito que se faz na música em português, O Sol da Caparica tem também a missão de promover a Costa da Caparica como destino turístico e dar a conhecer as suas tradições; uma delas a secular Arte Xávega vai ser motivo de uma exposição durante o evento.
“O festival O Sol da Caparica insere-se nos vários eventos que visam desenvolver o turismo como atividade económica local e regional”, refere Joaquim Judas, presidente da Câmara de Almada. “A Costa da Caparica tem estado muito sujeita a uma procura sazonal [durante o verão] mas queremos mostrar que esta frente de praias pode ter uma dinâmica durante todo o ano, não só apenas como zona de lazer, mas também como uso de desportos de mar”, acrescenta.
Entretanto os bilhetes para o festival já estão à venda. Custa 15 euros por dia ou 35 euros o passe. No dia 16, dedicado aos mais jovens, o bilhete custa 2 euros.
Cartaz do Festival
13 de agosto: Camané, Carlão, Dengaz, Dj Marfox, HMB, Marcelo D2, Resistência, Richie Campbell, The Legendary Tigerman, UHF, Mimi Cat
14 de agosto: Brigada Victor Jara, Dino D’Santiago, Jorge Palma, Linda Martini, Paulo Flores, Paulo Gonzo, PAUS, Tim, Vitorino & Som Habanero, Oquestrada, Mastiksoul
15 de agosto: Agir, Batida, Luís Represas, Miguel Araújo, Regula, Tito Paris, Xutos & Pontapés, Tiago Bettencourt, Berg, Djay Rich & António Mendes
16 de agosto: Luísa Sobral, Avô Cantigas
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