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PF identifica pagamento de propina da Odebrecht em gestão tucana em SP

PF identifica pagamento de propina da Odebrecht em gestão tucana em SP

Codinomes como “Careca” e “Casa de doido” foram identificados em e-mails de Marcelo Odebrecht

MURILO RAMOS
26/09/2016 - 13h45 - Atualizado 26/09/2016 16h30
 O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht deixa o IML,em Curitiba (Foto: Paulo Lisboa/Folhapres)

Os investigadores da força-tarefa da Lava Jato identificaram o pagamento de propina a “Careca” e “Comunicação” pela Odebrecht em contrato da Linha 2 do Metrô de São Paulo. O pagamento, no valor de R$ 2 milhões, foi feito em agosto de 2004, com autorização de Marcelo Odebrecht.

A Polícia Federal também identificou pagamento de propina em 2006, relacionado a contrato com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), controlada pelo governo paulista. Os policiais tiveram acesso a e-mails trocados entre Marcelo e um executivo da empreiteira, nos quais havia referência a R$ 26,6 milhões a três partes: “Ibirapuera”, “Campinas” e “Casa de Doido SP”.

Para “Ibirapuera” eram três parcelas de R$ 306 mil. Para “Campinas”, 2,5% sobre pagamentos. Já para “Casa de Doido”, 0,5% do contrato.

O atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi governador do Estado de março de 2001 a março de 2006, quando renunciou para ser o candidato do PSDB à Presidência da República.

Atualização: após a publicação da notícia, a assessoria de imprensa da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo entrou em contato para afirmar que: "A relação do governo do Estado e seus contratados para a realização de obras ou prestação de serviços é baseada nos princípios legais e com aprovação de suas contas pelos órgãos competentes. A EMTU e o Metrô não podem comentar mensagens cifradas obtidas por uma operação que ainda está em curso e que foram divulgadas pela imprensa. As empresas, contudo, estão à disposição para colaborar com a Força Tarefa da Lava Jato e esclarecer toda e qualquer informações". 








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