Bairro suíço cria horta comunitária e cada morador planta um alimento para compartilhar com outros

Cada família planta um alimento e compartilha com as outras.

O movimento sustentável não é recente, mas ainda vivemos em uma sociedade essencialmente consumista que não se preocupa com o amanhã.

Por isso nos chama atenção quando vemos o caso de um bairro de Genebra, Suíça.

Os moradores da Avenida Crozet podem colher alimentos frescos e orgânicos direto dos jardins da sua casa e do vizinho.

Fonte: yannarthusbertrand.org.

É isso mesmo: cada família planta um alimento e compartilha com as outras

Além dos méritos de união comunitária, cada família pode usufruir de comida de verdade produzida na própria vizinhança. Isso não é demais?

O ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand fotografou uma bela imagem dessas hortas urbanas na região suíça — mostrada acima. Além da beleza estética — que não fica muito atrás de jardins — a imagem também serve de inspiração para outras comunidades se unirem para fazerem o mesmo.

Embora a ideia seja revolucionária aos nossos olhos, que consumimos tanto agrotóxicos, ela não é nova. As hortas urbanas começaram a ganhar força na Europa durante o século 19 com os esforços do físico Moritz Schreber.

O alemão propagava a ideia de que as cidades deveriam ter mais áreas verdes para o lazer das famílias. Aos poucos, as pessoas começaram a utilizar o quintal de suas casas para cultivar seus próprios alimentos.

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Fonte: islandfoodscaping.com.

Alemanha, Rússia e Suíça já estão nessa

Yann estima que o bairro da Avenida Crozet em Genebra seja apenas uma parte dos 50 mil hectares de hortas urbanas cultivadas no país. Na Rússia, mais de 72% das famílias que moram em áreas urbanas plantam parte de seus alimentos em seu próprio jardim. Somente em Berlim, na Alemanha, a estimativa é de que haja 80 mil “fazendeiros” urbanos.

Fonte: ciclovivo.com.br.

O movimento tem nome: foodscaping

Foodscaping é o nome adotado por alguns, mas você também pode encontrar lugares falando de paisagismo comestível ou ainda agricultura de jardim. Com alimentos cada vez mais caros e opções insalubres, a prática tem se popularizado.

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Fonte: islandfoodscaping.com.

No fundo, é mais um jeito elegante de tratar a hortinha que nossas avós sempre cultivaram. Agora é preciso popularizar a ideia de trocar alimentos da horta com os vizinhos. 😉

Você pode dar uma espiada na Avenida Crozet e ter uma ideia como as hortas comunitárias se parecem vistas de cima através deste link do Google Maps.

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[Atualização] A leitora Denise Nopper, que mora em Genebra há 25 anos, nos mandou um e-mail esclarecendo como funciona as hortas comunitárias da Avenue de Crozet. Segundo ela são terrenos alugados a pessoas que se comprometem a cultiva-los. A oferta é muito menor do que a demanda por esses terrenos, sendo que a lista de espera pode demorar dois anos. Denise é pontual: as hortas são individuais e ninguém colhe o que quiser, quando quiser. Cada um planta sua horta e colhe o que plantou.

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