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Maduro anuncia exercícios militares em resposta à ameaça de Trump

Presidente venezuelano pede a Constituinte que julgue opositores que não criticaram americano por traição à pátria

Atualização:

CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou nesta segunda-feira, 14, a realização de exercícios militares em resposta à ameaça do americano Donald Trump de adotar uma "opção militar" para a crise na Venezuela

O líder bolivariano também pediu que a Assembleia Nacional Constituinte, instalada em meio a denúncias de que ele tenta construir uma ditadura no país, investigue o elo da oposição com a declaração do americano. 

Maduro convocou uma Assembleia Nacional Constituinte, que vai atuar por dois anos com poderes ilimitados na Venezuela Foto: AFP PHOTO / RONALDO SCHEMIDT

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“Dei a ordem para o Estado-Maior começar os preparativos para um exercício cívico-militar de defesa integral da pátria”, disse Maduro em um ato em Caracas. “O povo está decidido a enfrentar o ódio racista dos EUA. Go home!”

O chavista ainda ligou a ameaça de Trump ao fracasso dos protestos da oposição contra seu governo, que deixaram 125 mortos no país desde abril. Segundo ele, os opositores que não criticaram a fala de Trump podem ser julgados por traição. 

A coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) divulgou nota no domingo rechaçando intervenções estrangeiras no país sem mencionar os Estados Unidos. 

Na Colômbia, onde iniciou um giro pela América Latina, o vice-presidente americano, Mike Pence, disse que uma solução pacífica para a crise política e econômica na Venezuela é possível, após a declaração de Trump ter sido criticada por países da região.

“Temos muitas opções para a Venezuela, mas o presidente permanece confiante de que trabalhando com todos os nossos aliados na América Latina podemos alcançar uma solução pacífica”, disse Pence. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que uma intervenção militar não deveria nem mesmo ter sido contemplada. / AFP, AP e EFE

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