Agencia EFE

20/10/2016 16h07 - Atualizado em 20/10/2016 16h28

Instrutora de ioga acusa Donald Trump de abuso cometido há 18 anos

Ao lado de outros homens, ele fez comentários e deslizou mão sobre seios.
Karena Virginia diz que 'cansou' de ficar quieta, mas não planeja processo.

Da EFE

Karena Virginia enxuga lágrima durante entrevista coletiva na qual denunciou que Donald Trump, em Nova York, na quinta (20) (Foto: AP Photo/Richard Drew)Karena Virginia enxuga lágrima durante entrevista coletiva na qual denunciou que Donald Trump, em Nova York, na quinta (20) (Foto: AP Photo/Richard Drew)

A instrutura de ioga Karena Virgínia acusou nesta quinta-feira (20) o candidato presidencial republicano dos Estados Unidos, Donald Trump, de tê-la abusado há 18 anos.

 

Virgínia ofereceu uma entrevista coletiva em Nova York junto à advogada Gloria Allred, que há uma semana representou outra mulher que teria sido abusada por Trump.

A instrutora de ioga, de quem não foram divulgados detalhes muito pessoais, chorou várias vezes ao lembrar de seu encontro com o magnata republicano em 1998, na saída do Aberto de Tênis dos Estados Unidos.

"Estava esperando um carro para me levar para casa quando me dei conta de que Donald Trump se aproximava. Eu sabia quem era, mas não o conhecia" contou Virgínia.

A mulher disse que Trump estava junto com outros homens e que enquanto o grupo se aproximava, fazia comentários que a fizeram se sentir como um objeto, não como uma mulher.

"'Olhem, vejam a esta, não a vimos antes, olha essas pernas'. Depois ele se aproximou e com sua mão direita pegou meu braço direito e a deslizou", denunciou Virgínia, que diz que ele tocou seus seios.

A instrutora de ioga confessou que manteve esta experiência em segredo já que se sentia envergonhada pelo o que tinha acontecido e que, de fato, o problema com Trump deixou sequelas emocionais e psicológicas.

"Deixei de usar vestidos curtos e saltos altos, me sentia culpada", contou entre lágrimas.

Virgínia, no entanto, decidiu publicar seu relato como uma amostra de força e de apoio para outras nove mulheres que também denunciaram episódios de assédio sexual contra o candidato republicano.

"Estou aqui por mim, pela minha filha e pelas outras mulheres que merecem ser respeitadas. Muitos me disseram para não fazer isso por medo, mas cansei", acrescentou soluçando.

Desde que as nove mulheres relataram os episódios envolvendo o candidato, Trump rejeitou categoricamente todas estas acusações, qualificando todas as mulheres de "mentirosas" e ontem à noite ainda afirmou que algumas delas só buscam "dez minutos de fama".

Junto à instrutora de ioga se manteve todo o tempo Allred, que garantiu que não conhecia a Virgínia até ela entrar em contato.

Allred, além disso, voltou a reiterar que apoia a candidatura de Hillary Clinton, mas que sua tendência política não se mistura com seu trabalho profissional.

"Eu apoio Hillary Clinton, mas também tenho minha própria firma legal e ninguém me diz o que fazer com ela", disse.

A advogada confirmou que por enquanto Karena Virgínia não planeja transformar suas acusações em um processo legal formal contra Donald Trump.

Shopping
    busca de produtoscompare preços de