Edição do dia 22/09/2014

22/09/2014 12h07 - Atualizado em 23/09/2014 12h09

Games são usados para treinar funcionários e selecionar candidatos

A “gameficação” é cada vez mais comum no Brasil.
Mercado aposta que o país vai precisar de mão de obra qualificada.

A Sala de Emprego dessa segunda-feira (22) fala sobre a “gameficação”, ou seja, o uso de jogos no dia a dia, como no treinamento de funcionários, seleção de candidatos a emprego, para aprendizados nas escolas ou nas vendas do comércio. O mercado aposta que a “gameficação” veio para ficar e o Brasil vai precisar de mão de obra qualificada.

Criar um game dá trabalho e o projeto, feito em uma empresa especializada, pode levar oito meses. “É muito mais comum a gente ter pessoas formadas aqui na equipe, mas acontece de a gente ter pessoas, por exemplo, que não tiveram uma formação especifica”, explica Winston Petty sócio da WebCoreGames.

A Escola Saga, em São Paulo, tem um curso livre de desenvolvimento de games. São cinco horas de aula por semana, dois anos de curso, com mensalidade de até R$ 600. “O público aqui nos procura desde os 11 anos de idade. São entusiastas, são profissionais do mercado que querem se reciclar, são pessoas que têm uma noção e querem saber como funciona. O aluno sai preparado para ir para o mercado tanto de maquete quanto de desenvolvimento de personagem, desenvolvimento de cenário”, relata Jefferson Maurelli, gerente da escola.

Primeiro é preciso aprender a usar o computador. A escola tem aulas separadas para quem não tem noção. Depois, o aluno aprende a desenhar e, em seguida, a fazer esculturas. Só depois de oito meses ele transforma tudo isso em um jogo. “Você não precisa saber de tudo, você pode se especificar em uma área, você pode chegar e falar: ‘eu gosto de desenho, eu gosto de modelagem, eu gosto de programar’”, conta o desenhista Luciano de Carvalho Lima.

Novidade em Manaus

Uma boa notícia para o crescimento desse mercado aqui no Brasil é que começou a funcionar em Manaus um laboratório de produção de jogos. A matriz da empresa fica na Coreia do Sul. A ideia do projeto é produzir no Polo Industrial de Manaus dois jogos por ano, que serão baixados pelo celular./

São mais de 400 profissionais trabalhando com desenvolvimento de tecnologia e o projeto pretende ampliar o espaço para contratar mais gente até o fim do ano. Eles também fecharam uma parceria com a Universidade Estadual do Amazonas para dar cursos livres.

Confira abaixo a média de salários para profissões na área de games:

 Game designer:  R$ 1.2 mil a R$ 4 mil
 Roteirista:  R$ 1 mil a R$ 8 mil
 Produtor:  R$ 2.5 mil a R$ 16 mil
 Testa dor: R$ 30 0 A R$ 1.3 mil


 

Luiz Sakuda, pesquisador da USP e conselheiro da Abragames, participou de um bate-papo e respondeu dúvidas sobre o tema. Confira a conversa no vídeo ao lado.