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    Cinema agora faz parte do ensino básico na Argentina

    Estudantes do nível fundamental têm aulas de análise fílmica e sessões exclusivas de filmes nacionais.

    Cinema é coisa séria. Tão séria que foi incluído recentemente no currículo escolar de algumas províncias argentinas. Desenvolvido em parceria com a França, que desde 1989 trata da sétima arte nas salas de aula, o programa leva estudantes do ensino fundamental para sessões de longas argentinos nos cinemas e oferece aos alunos aulas sobre como analisar apropriadamente um filme. Não basta ver.

    Um dos objetivos da iniciativa é aumentar o público dos cinemas do país, principalmente o interessado em consumir produtos nacionais. Brasil e Argentina são os únicos países da América do Sul em que os filmes locais fazem sucesso equiparável aos estrangeiros, mas os hermanos acham que os números ainda têm muito o que melhorar.

    "Há dez, quinze anos, a maior preocupação era a produção. Agora esse setor está maduro, garantindo uma boa quantidade de filmes de qualidade. O foco agora é trabalhar a exibição e distribuição. Se produzimos, mas não temos como exibir, logo seremos um cemitério cinematográfico", explicou Alejandro Calcetta, presidente do Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales. O INCAA lançou também uma pesquisa direcionada aos jovens, perguntando "O que o cinema argentino precisa ter para que vocês assistam os filmes?". Um júri com Juan Jose Campanella entre os membros selecionou as melhores respostas, que serão reveladas no próximo mês.

    A inclusão do cinema no currículo é encarada como um projeto a longo prazo e o plano é que as demais esferas governamentais da Argentina também apoiem e adotem a ideia. Vamos copiar, Brasil?

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