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No JN, Marina tenta explicar a "nova política"

No JN, Marina tenta explicar a "nova política"

E mais notícias da campanha eleitoral nesta quarta-feira (27)

REDAÇÃO ÉPOCA
27/08/2014 - 20h47 - Atualizado 28/08/2014 13h29
Marina Silva (PSB) participou do Jornal Nacional nesta quarta-feira (27) (Foto: Reprodução)

1. Marina: "É difícil ser profeta em sua própria terra"

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, foi entrevistada nesta quarta-feira (27) pelo Jornal Nacional, em mais uma entrevista da série que o jornal faz com os presidenciáveis. A ex-ministra teve 15 minutos para responder sobre alianças políticas, o uso da aeronave de Eduardo Campos e explicar o que ela considera como "nova política".

A primeira pergunta foi sobre o avião que Eduardo Campos usava quando sofreu o acidente no dia 13 de agosto. Denúncias indicam que a aeronave podia estar irregular, mas Marina disse que o avião estava em situação legal. Segundo ela, a aeronave foi cedida como forma de empréstimo e o acerto de contas estava programado para o final da campanha, quando os candidatos saberiam o total de horas de voo.

Marina também respondeu sobre sua atuação no seu Estado natal, o Acre, onde ela teve um desempenho fraco nas eleições de 2010. A candidata procurou ressaltar sua história de vida, lembrando que atuou com o líder seringueiro Chico Mendes, e justificou sua votação no Acre com um ditado popular. "É difícil ser profeta em sua própria terra", disse.

A candidata também foi questionada sobre o que diz ser "nova política", em contradição com a "velha política". O jornalista Willian Bonner perguntou se a sua aliança com o PSB e com Beto Albuquerque, com quem Marina tem divergências em temas importantes, como na questão dos transgênicos ou da pesquisa de células-tronco, não tinha sido feita só para acomodar sua candidatura, em um exemplo de "velha política". Marina negou a tese, e aproveitou para tentar mostrar que consegue dialogar com setores diferentes - a candidata tenta se desfazer da imagem de ambientalista radical. 

2. Tensão pós-Ibope para Dilma e Aécio

A pesquisa Ibope de terça-feira teve o mesmo efeito sobre as campanhas de Dilma e Aécio: tensão. Segundo o Painel da Folha de S. Paulo, os petistas entraram em alerta após os números, que pela primeira vez indicam a possibilidade de Dilma perder a eleição. Os tucanos correm o risco de um fiasco histórico, já que desde 1994 o PSDB ou vence no primeiro turno ou ao menos chega ao segundo.

Outra pesquisa, publicada nesta quarta pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra quadro semelhante ao do Ibope. Nesse levantamento, Dilma aparece com 34,2%, Marina com 28,2% e Aécio com 16%. A pesquisa também questionou os eleitores sobre o horário eleitoral, como mostra a Gazeta do Povo, e identificou um quadro curioso: apenas 2% dos entrevistados disseram que a propaganda mudou sua decisão de voto, enquanto 40% dos entrevistados afirmaram que o horário eleitoral serviu apenas para reforçar a decisão de voto que já tinham.

3. Aécio nomeia um ministro

No debate da Band, Aécio Neves (PSDB) “fez questão” de confirmar que o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga será seu ministro da Fazenda, caso seja eleito. Aproveitou para alfinetar Marina Silva (PSB) e dizer que “o Brasil não é para amadores”, segundo Estadão

4. Não é bem assim...

É verdade que os candidatos vão muito preparados ao debate, mas vez ou outra um erro escapa. Na noite de terça-feira, Pastor Everaldo (PSC) deixou escapar um “seje”, Marina Silva (PSB) trocou “perca” por “perda”, como catalogou a Gazeta do Povo. Mas nada se compara aos “deslizes” de conteúdo que os presidenciáveis tiveram.

A candidata Dilma Rousseff (PT) disse que a inflação foi sistematicamente reduzida em seu governo, quando, na verdade, registrou um leve aumento entre 2012 e 2013, quando aumentou de 5,84% para 5,91%.

Segundo O Globo, Aécio Neves (PSDB) também errou ao criticar o PAC. Ele disse que somente 28 obras de mobilidade foram concluídas, no entanto, no site do programa, são listadas 14 obras concluídas na categoria “Mobilidade Urbana” e mais 307 no setor de “Transportes”. O que disse sobre o corte de secretarias que fez como governador de Minas Gerais também não é completamente verdadeiro. Ele reduziu o número de secretarias estaduais de 21 para 17, sendo duas delas secretarias extraordinárias. Fazendo as contas dá mais ou menos um quinto e não um terço que ele disse.

5. Frango, arroz, salada... o almoço de Dilma e Garotinho no bandejão

O candidato do PR ao governo do Rio, Anthony Garotinho, prometeu que levaria a presidente Dilma a um bandejão no Rio. Nesta quarta-feira, ele cumpriu a promessa. Dilma e Garotinho almoçaram em um restaurante popular de Bangu, zona oeste da cidade. O restaurante popular é uma das bandeiras de campanha de Garotinho - o almoço custa apenas R$ 1. Dilma comeu sobrecoxa de frango, arroz, feijão e salada. Segundo o Estadão, o almoço foi acompanhado de perto por fiscais do TRE. Pela lei eleitoral, candidatos podem visitar prédios públicos, mas não podem fazer campanha no local. Por isso, os fiscais analisavam se houve panfletagem ou discursos, práticas barradas pela legislação. Já Garotinho era só sorrisos. Na mais recente pesquisa Ibope para o Rio, ele está na frente da disputa, com 28%, dez pontos percentuais a mais do que o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Dilma Rousseff na visita ao Restaurante Cidadão Getúlio Vargas (Foto: Ichiro Guerra/Divulgação)

6. DEM vence no primeiro turno na Bahia

Pesquisa Ibope desta quarta-feira (27) mostra que o ex-governador Paulo Souto, candidato do DEM ao governo da Bahia, continua na liderança. Souto cresceu dois pontos percentuais e tem 44% das intenções de voto, segundo a Folha. O PT também cresceu. Rui Costa (PT), candidato apoiado pelo atual governador Jaques Wagner, subiu de 8% para 15% e é o segundo na disputa. O problema para o petista é que esse crescimento não ajuda muito. Se a eleição fosse hoje, Souto seria eleito sem a necessidade de segundo turno.

7. "Serial killer" vira tema de campanha em Goiás

O candidato do PMDB ao governo de Goiás, Iris Rezende, apelou para um dos principais mistérios policiais do Estado para tentar atrair votos. Rezende decidiu atacar seu adversário, o governador Marconi Perillo (PSDB), na área de Segurança, e para isso levou ao ar um programa com familiares de uma das vítimas de um serial killer que atua em Goiânia.

Pelo menos 15 jovens de 13 a 29 anos foram assassinadas neste ano em Goiânia por um homem armado em uma motocicleta. O serial killer matou as mulheres à queima-roupa com um tiro, sem roubar a vítima. A polícia ainda não esclareceu os crimes, mas prendeu dois suspeitos e persegue um terceiro.

Segundo a Folha, a propaganda de Rezende mostrou depoimentos de familiares e amigos de Isadora Aparecida dos Reis, de 15 anos, uma das vítimas do serial killer. Rezende usa os depoimentos para argumentar que a violência no Estado piorou no atual governo. O candidato, que está em segundo nas pesquisas, atrás de Perillo, promete dobrar o efetivo policial do Estado.

8. José Roberto Arruda, oficialmente um ficha-suja

O candidato do PR ao governo do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi reconhecido oficialmente como um ficha-suja. Em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que terminou apenas na madrugada desta quarta-feira, a maioria dos ministros do TSE rejeitou a candidatura de Arruda com base na Lei da Ficha Limpa. A condenação é referente ao escândalo conhecido como mensalão do DEM, quando o ex-governador foi filmado recebendo propina. Arruda deve estar cansado de se ver em gravações. Vídeos obtidos com exclusividade por ÉPOCA, antes do julgamento, mostraram Arruda articulando para tentar o registro. Ele disse que tinha "90% de certeza" de que conseguiria viabilizar sua candidatura, se não no TSE, possivelmente no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que julgará o recurso. Como Arruda recorrerá da decisão, ele poderá continuar a campanha normalmente.

9. Herança de Eduardo

Depois da morte de Eduardo Campos, a candidatura ao governo de Pernambuco de Paulo Câmara (PSB) decolou. Na última pesquisa Ibope mostrou que ele ganhou 18 pontos percentuais atingindo 29% das intenções de voto. Continua em segundo lugar, Armando Monteiro (PTB) caiu cinco pontos, mas está na dianteira com 38%, segundo a Folha.

10. Eduardo Jorge descobre o que é meme

O candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge, tem apenas 1% das intenções de voto segundo a última pesquisa Ibope. Ainda que tenha sido deputado federal por quatro mandatos, ele era desconhecido de grande parte do eleitorado. Até o Debate da Band, quando foi eleito pelos internautas o “Presidente da Zoeira”. Após o sucesso nas redes, ele afirmou em seu Twitter que finalmente entendeu o que é um meme (afinal se tornou “muso-inspirador” de muitos).

Em entrevista ao G1, nesta quarta-feira (27) ele afirmou que pretende crescer nas pesquisas e não sabe se apoiaria Marina Silva (PSB), em um possível segundo turno. “O candidato do primeiro turno que fala já quem vai apoiar no segundo é porque desistiu, embora seja evidente que a gente está em uma situação muito menor de quantidade de votos. Ainda mais agora que começam os debates e a gente quer crescer”.

Mesmo tendo ganhado o título, o candidato não foi o único destaque. No Twitter, Dilma Rousseff (PT) foi campeã de referências na rede social com 33 mil citações. É verdade que destas, só 33% foram positivas. Assim como no último Ibope, Marina Silva (PSB) desbancou Aécio Neves (PSDB). Ela com 22 mil menções (37% positivas contra 63% negativas) e ele, 15 mil (36% e 54%), segundo o Estadão
 

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