Entreguismo confesso: Citibank é ‘conselheiro’ de Temer

Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, comenta reportagem da BBC que informa que o Citibank é "conselheiro informal" do governo brasileiro na privatização de empresas e reservas naturais do Brasil, e que "promove as privatizações do Brasil nos EUA"; "Sempre tivemos vendilhões nesta pátria. Agora, porém, temos uma quadrilha que assume estar fazendo isso", diz Brito

Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, comenta reportagem da BBC que informa que o Citibank é "conselheiro informal" do governo brasileiro na privatização de empresas e reservas naturais do Brasil, e que "promove as privatizações do Brasil nos EUA"; "Sempre tivemos vendilhões nesta pátria. Agora, porém, temos uma quadrilha que assume estar fazendo isso", diz Brito
Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, comenta reportagem da BBC que informa que o Citibank é "conselheiro informal" do governo brasileiro na privatização de empresas e reservas naturais do Brasil, e que "promove as privatizações do Brasil nos EUA"; "Sempre tivemos vendilhões nesta pátria. Agora, porém, temos uma quadrilha que assume estar fazendo isso", diz Brito (Foto: Gisele Federicce)


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Por Fernando Brito, do Tijolaço

É ninguém menos que a BBC quem diz: o Citibank é “conselheiro informal” do governo brasileiro na privatização de empresas e reservas naturais do Brasil.

Apostando no programa de privatizações do governo brasileiro, que pretende transferir áreas de mineração e exploração de petróleo e gás (incluindo o pré-sal), usinas e empresas de energia, portos, ferrovias e outros, o banco americano patrocinará um encontro entre seus principais clientes e ministros brasileiros em Nova York no mês que vem. Não será a primeira vez. Em setembro do ano passado, dias depois do lançamento do pacote, o banco apresentou bilionários a Temer e aos ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), que foram pessoalmente ao encontro de negócios em um hotel em Manhattan.

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São negócios de bilhões que, claro, vão render gordas comissões, como admite o diretor global de assuntos governamentais do Citigroup, Charles  Johnston:

Não há nenhum contrato ou vínculo formal de cooperação entre o banco e o governo Temer. Mas a máxima dos investidores de Wall Street permanece intacta: “Não existe almoço grátis” nos Estados Unidos.”É claro que estamos aqui tentando proteger os interesses do banco”.

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E para comandar a exploração desta mina, o escalado é o insuspeitíssimo Wellington Moreira Franco, o “Angorá” da lista da Odebrecht, o homem escalado por Michel Temer que “queria roubar e eu não deixei”, nas palavras de Dilma Rousseff.

Como no caso da Odebrecht, Temer já cuidou de providenciar o “jantar no Jaburu”:

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Há duas semanas, após se reunir pessoalmente com Temer no Palácio do Planalto, o presidente mundial do Citigroup, Michal Corbat, distribuiu nota à imprensa afirmando que “apoia as medidas de ajuste fiscal” e que “o Brasil é um mercado muito relevante” para o banco.

Será que também teve, em seguida, a “conversa na varanda” como a que relatou o delator da Odebrecht?

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O Citibank se derrama em elogios aos cortes dos gastos da saúde, da educação, à perda de direitos trabalhista e à “aposentadoria no Dia de São Nunca” e, não à toa, considera Temer “um dos melhores políticos do Brasil”.

Os desmentidos do governo acabam sendo a confissão da parceria imoral: o secretário de articulação para investimentos de Temer, Marcelo Allain, diz que “o Citibank não é nenhum conselheiro  formal do governo porque não poderia ser, mas que pede que ele que “organizem ou apresentem clientes que tenham interesse no Brasil”.

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“Nesse papel, eu acho que de fato o Citi está ajudando bastante.” diz ele.

Não há dúvidas, não há dúvidas. Ajudando em todos os sentidos, menos o do interesse do Brasil.

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Sempre tivemos vendilhões nesta pátria. Agora, porém, temos uma quadrilha que assume estar fazendo isso.

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