A LG, que fabrica monitores e celulares, em Taubaté, São Paulo, comunicou aos trabalhadores que terá que demitir 600 funcionários.
A semana começou tensa para os trabalhadores da empresa. Funcionários participaram de uma assembleia e aprovaram uma passeata em defesa do emprego. Depois, seguiram para a produção normalmente.
O sindicato cobra alternativas da LG para evitar demissões e espera sair com um acordo da reunião agendada para esta quinta-feira (26) em São Paulo.
O corte afetaria todos os setores da fábrica. O diretor da LG disse que as propostas apresentadas pelo sindicato, como a implantação de um layoff ou a inclusão da empresa no PPE, Programa de Proteção ao Emprego, do Governo Federal, não seriam viáveis.
“A empresa vem sendo extremamente maleável nessa negociação com o sindicato. Não é à toa que aconteceram quatro PDVs. Nós tivemos 14 férias coletivas feitas exatamente na intenção de tentar minimizar esse efeito e minimizar esse impacto. Com relação ao PPE e ao layoff, a empresa entende que não atende a necessidade em curto e médio prazo”, diz Bruno Bartjotto, diretor de relações institucionais.
Segundo a empresa, o número de funcionários excedentes na unidade de Taubaté é de 600 trabalhadores. Os cortes seriam necessários porque a produção da fábrica caiu 70%.
Ainda sobre a crise econômica, as evidências do desemprego são impressionantes. Em Niterói, no RJ, uma fila de um quilômetro chamou a atenção de quem passou pelo Centro. Eram pessoas de todas as idades a procura de emprego em uma feira que oferece 6 mil vagas. Só na segunda-feira (23) foram recebidos 35 mil currículos. Confira a situação no vídeo com a reportagem completa.