Queda assustou? Estatais e bancos perdem R$ 162 bilhões na Bolsa em 28 dias

SÃO PAULO – O mês de setembro marcou o pior mês do Ibovespa desde maio de 2012, quando fechou em queda de 11,70%. A indefinição do cenário político, com a arrancada de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais e o enfraquecimento de Marina Silva (PSB) começaram a colocar em xeque uma possível mudança de governo, o que vinha puxando a Bolsa desde março – daquele mês até agosto, o principal índice de ações da Bolsa subiu 38%. No entanto, a percepção de vitória da situação tem deixado o mercado temeroso, empurrando para baixo todas as ações que subiram no que ficou conhecido como “rali eleitoral”. 

As ações de estatais e bancos, que vinham ganhando força desde março, reverteram neste mês o movimento de forte alta, figurando entre os piores desempenhos do Ibovespa no período. Com a derrapada, a Petrobras (PETR3; PETR4), Eletrobras (ELET3; ELET6), Banco do Brasil (BBAS3) e os bancos privados Bradesco (BBDC3; BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) perderam nada mais do que R$ 162,118 bilhões em valor de mercado do fechamento do dia 2 de setembro, data que a Bolsa começou a reverter os ganhos, até hoje. O montante corresponde a quase o atual valor do Itaú Unibanco na Bolsa, de R$ 181 bilhões. Neste período, essas ações desabaram entre de 15% e 30%. 

Com o movimento, todos esses papéis, com exceção de Eletrobras, voltaram ao patamar de julho desde ano – antes da entrada de Marina Silva na disputa eleitoral e que, à época, trouxe euforia no mercado em meio à força da candidata para tirar o atual governo do poder. A elétrica, no caso, retomou a região de agosto de 2014. 

Confira quanto cada empresa perdeu na Bolsa no período: