terça-feira, 15 de abril de 2014

O "Judas" que há em nós

A captura de Cristo, de Caravaggio ou de um dos seus discípulos

por George Gonsalves

"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?"
Jeremias 17:9

Em nosso país ainda há o costume de queimar bonecos que representem Judas Iscariotes na época da "semana santa". Neste ato, parece-me que muitas pessoas identificam o ato do apóstolo que traiu Jesus, como o mais vil e condenável que alguém poderia ter cometido. Não nego esta afirmação. A traição de Judas foi de fato um pecado gravíssimo contra Deus.

Contudo, muitos dos pecados que ele cometeu dele também rondam o nosso coração. Não estamos imunes às tentações pelas quais ele passou. Precisamos desesperadamente da graça divina para resistir ao "Judas" que há em nós. Podemos trair a Cristo de várias maneiras maneiras, inclusive, algumas bastantes sutis. 

Por exemplo, traímos a Jesus quando:

Preferimos a aprovação dos homens a de Deus; 
Guardamos para nós dinheiro que deveria ser dado para a obra do Senhor ou para o próximo; 
Nos  acovardamos diante das pressões de um mundo imoral;
Desperdiçamos o escasso tempo que temos com futilidades;
Nos omitimos na defesa de pessoas claramente injustiçadas;
Aceitamos para nós a glória que é devida somente a Deus;
Nos orgulhamos daquilo que fizemos;
 Nos envaidecemos de nossa pretensa beleza, intelectualidade ou santidade;
Murmuramos porque não temos o que queríamos, ao invés de agradecer pelo que temos; 
 Não cuidamos dos fracos e doentes que cruzam o nosso caminho;
Guardamos mágoa em um coração que deveria perdoar; 
Negligenciamos a igreja amada por Deus;
Não meditamos nas Escrituras de modo reverente; 
Não adoramos como convém Aquele que é digno de todo louvor e adoração;
Desejamos mais a dádiva do que o Doador.

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