Os irmãos Lumière, Auguste (Besançon, 19/10/1862 – Lyon, 10/04/1954) e Louis (Besançon, 5/10/1864 – Bandol, 06/06/1948) são considerados “os pais do cinema”. O pai deles, Antoine, era fotógrafo e dono de uma fábrica de filmes para fotografia, chamava- se “Usine Limière” e ficava em Lyon. Os rapazes trabalhavam com ele e acabaram inventando o primeiro cinematógrafo em 1895, uma máquina capaz de gravar e projetar filmes em movimento, veja:

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Eles gravaram um filme de 1:01, L’Arrivée d’un Train à La Ciotat (A entrada de um trem na cidade), e foi uma revolução na época. As pessoas que assistiam saíram correndo com medo do trem que parecia que lhes ia atropelar. A partir desse filme que começou a indústria milionária do cinema. Veja:

No entanto, não se pode dizer que foram os irmãos Lumière os inventores do cinema, porque antes deles, em 1888, o também francês Louis Le Prince (Metz, 28/08/1842 – desaparecido em 16/09/ 1890) já havia feito um filme que durou 2 segundos, “A cena do jardim de Roundhay”, veja:

Louis Le Prince teve um final triste e misterioso, ele pegou um trem em Dijón, na França, com destino à Inglaterra e depois iria aos Estados Unidos para apresentar sua nova câmara. Ele era químico, inventor e engenheiro, além de cineasta. Nunca voltou, nunca chegou aos destinos que pretendia. Desapareceu. Há várias teorias sobre o seu desaparecimento, mas nenhuma comprovada: que ele era homossexual e foi assassinado pela própria família que não admitia isso (seu pai era militar), que suicidou- se, porque estava na falência, que Thomas Edison o teria mandado assassinar por uma briga de patentes (era conhecido na época pela frieza com que eliminava seus concorrentes) ou ainda que o teriam mandado matar por dinheiro. Jamais apareceu seu corpo nem sua mala. Mas ele ficou com o título de ter criado o primeiro filme do mundo.

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Louis Le Prince


 Em cartaz essa semana na Espanha

  • O último lobo

Esse é para quem gosta de filmes ecologistas. É uma produção chinesa do diretor francês Jean-Jacques Annaud, que já ganhou um Oscar de “melhor filme estrangeiro” com “Pretos e brancos em cores” (1976). Sinopse: em 1967, Chen Zhen, um jovem estudante de Pequim é enviado para viver entre os pastores nômades no interior da Mongólia. Chen tem que aprender a viver nessas terras hostis, aprender os costumes dessa comunidade e  sobre o animal mais temido e venerado: o lobo. Existe uma relação mística entre esse animal e os pastores. Ele captura um bebê de lobo para domesticá-lo, mas o modo de vida tradicional dessa tribo será ameaçado quando o governo do país manda eliminar os lobos da região.

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  • Franco- atirador 

Ainda em cartaz desde janeiro, esse podia ter ganhado o Oscar, mas como o tema é muito polêmico, armas e morte, não levou. Produção americana de Clint Eastwood, que dispensa apresentações. É um filme verídico baseado na vida de um atirador de elite da Marinha, Chris Kyle (na sua autobiografia, livro chamado “American Sniper”), um texano que bateu o record de mortes (160 confirmadas) como franco- atirador enviado ao Iraque. Sua missão era proteger seus companheiros, sua precisão milimétrica salvou muitas vidas. O lema da sua equipe era não deixar nenhum companheiro para trás. Ele tornou- se lenda entre seus companheiros, mas inimigo número entre seus adversários, que colocaram preço pela sua cabeça. Chris sofria de stress pós- traumático, ficou com problemas psicológicos depois da guerra. Ele foi assassinado em 2013. Esse mês teria feito 41 anos.

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  • O sétimo anãozinho

E esse para a criançada: produção alemã dirigida por Boris Aljinovic e Harald Siepermann. O sétimo anãozinho Bobo e seus seis amigos estão passando por uma crise no Castelo da Fantabulândia. Justo antes da meia- noite, nas últimas 12 badaladas, no seu 18º aniversário, a princesa Rose pica o dedo e todo o reino dormirá por 100 anos. Graças a Bobo, a malvada bruxa Dellamorta, conseguiu sua intenção e agora o anão e seus amigos estão desesperados para salvar a princesa e consertar seu erro. Mais uma releitura do clássico “A bela adormecida”.

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  • Precisamos falar sobre Kevin (grátis, dia 24 de abril, às no Centro Cultural La Elipa, Calle Santa Felicidad, 39, Ciudad Lineal- Madrid)

 A obra da escritora americana Lionel Shriver, campeã de vendas lançada em 2003, virou filme. A mãe de um adolescente que assassinou os seus companheiros de colégio, tenta superar a dor e o sentimento de culpa. Ela questiona- se qual é a sua responsabilidade pelas ações do filho.

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Um bom fim de semana a todos, com cinema e pipoca! #PalomitaZ

Aqui sobre cinema e lá sobre literatura :)