Edição do dia 21/04/2016

21/04/2016 08h24 - Atualizado em 21/04/2016 13h53

STF inclui Lula, Dilma e Temer no principal inquérito da Lava Jato

Investigação apura se existiu uma organização criminosa com participação de políticos na Petrobras.

O Supremo incluiu os nomes de Lula, Dilma e Temer no principal inquérito da Lava Jato - o que apura se existiu uma organização criminosa com participação de políticos na Petrobras.

Os investigadores consideram que essa investigação é a mais importante sobre o caso no Supremo. porque explica como funcionava o mecanismo de desvios de dinheiro na Petrobras. Esse inquérito investiga  a relação de 39 políticos com o esquema de corrupção.

A autorização foi dada pelo ministro Teori Zavascki, que é o relator do principal inquérito da Operação Lava-Jato, que apura se existia uma organização criminosa com a participação de políticos para fraudar a Petrobras. Ao todo, 39 políticos com e sem foro privilegiado são alvo das investigações.

A de0cisão de Teori atende pedido do procurador-geral da República. Rodrigo Janot apontou que a delação mostra detalhes do desvio de verbas em favor de políticos do PMDB para dar sustentação ao governo.

Na delação premiada, Delcídio afirmou que o ex-presidente Lula deu aval para nomeação de Nestor Cerveró para a diretoria internacional da Petrobras e que Dilma avalizou a ida de Cerveró para a BR Distribuidora.

Segundo Delcídio, Michel Temer referendou a nomeação de Jorge Zelada para suceder Cerveró na diretoria Internacional.

O procurador-geral da República considera que Delcidio citou inúmeros fatos que representam desdobramentos diretos de crimes em apuração no Supremo, além de ter indicado novos personagens. E que por isso é necessário aprofundar as investigações.

Isso não significa que Dilma, Lula e Temer serão alvos de inquéritos.Essa avaliação ainda terá que ser feita pelo procurador. E depois, submetida ao Supremo Tribunal Federal.

O Instituto Lula declarou que o ex-presidente já depôs neste inquérito e prestou todos os esclarecimentos às autoridades. E que ele sempre agiu dentro da lei e a favor do Brasil antes, durante e depois da presidência da República.

O advogado de Lula declarou que o ex-presidente não tem nenhuma relação com os delitos que estão sendo investigados.

A assessoria do vice-presidente Michel Temer declarou que as menções de Delcídio do Amaral estão equivocadas - e que o vice-presidente não tem nenhuma relação com os casos citados pelo senador.

O Palácio do Planalto não quis comentar.

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