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A procuradora-geral dos EUA, sobre o escândalo da FIFA: “Isso é só começo”

Loretta Lynch e o FBI falam em uma rede de “corrupção sistêmica e desenfreada”

Loretta Lynch, procuradora-geral dos EUA
Loretta Lynch, procuradora-geral dos EUACliff Owen (AP)

“Os subornos e o dinheiro ilegal se converteram no modo corrente de fazer negócios dentro da FIFA até que criaram uma cultura da corrupção que apodreceu o maior esporte do mundo”, afirma o diretor do FBI, James B. Comey, num comunicado oficial publicado esta manhã pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Na mesma nota a procuradora-geral norte-americana, Loretta Lynch, acusa os sete dirigentes detidos nesta quarta-feira de manhã em Zurique, e os outros sete que estão sob custódia do próprio FBI, de participar de uma rede de “corrupção sistêmica e desenfreada”.

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“As autoridades suíças detiveram, a pedido do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, sete dos 14 acusados de participar de uma rede de corrupção que existe há pelo menos 24 anos, usando de suas posições privilegiadas no futebol mundial para enriquecer pessoalmente, por meio de subornos e atividades ilegais, com milhões de dólares”, afirma o comunicado do Governo norte-americano publicado hoje na internet, que acusa os investigados de “formação de quadrilha, fraude e lavagem de dinheiro, entre outros delitos”. O atual presidente, Joseph Blatter, que disputa na sexta a eleição para o próximo período à frente da federação, não está entre os acusados.

Também fazem parte do processo executivos de marketing esportivo dos Estados Unidos e da América do Sul acusados de “distribuir mais de 150 milhões de dólares em subornos para fechar acordos lucrativos de direitos de retransmissão de partidas e de marketing de torneios internacionais de futebol”. “As ações de hoje são apenas o começo de nosso esforço para erradicar a corrupção do futebol internacional”, declara a procuradora Kelly T. Currie no mesmo comunicado.

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