A crise abateu os Estados Unidos, onde o último censo revelou um número dramático: mais de 40 milhões de americanos estão vivendo na pobreza. Uma família com quatro pessoas da Flórida é um retrato dos efeitos da crise econômica nos Estados Unidos. Na família Hidalgo, marido e mulher estão desempregados. Eles não conseguiram mais pagar o plano de saúde e por falta de pagamento, vão perder a casa financiada.
“É um pesadelo. Às vezes, acordo no meio da noite e me pergunto o que vai acontecer amanhã”, diz Angel.
De acordo com o censo americano, 46,2 milhões de americanos estavam abaixo da linha da pobreza no ano passado. É o pior resultado dos últimos 52 anos e equivale a 15,1% da população.
O censo considera que vivem na pobreza as famílias com quatro pessoas com renda mensal equivalente a R$ 3.161. Trata-se de um número que, isolado, pode não dar a dimensão do problema.
O aluguel de um quarto para dormir, por exemplo, em uma região pobre da cidade de Nova York custa em média o equivalente a R$ 1 mil por mês. Ainda há despesas com alimentação, transporte e saúde.
O censo americano revelou que a taxa de desemprego deve permanecer alta no ano que vem, em torno de 9%. O presidente Barack Obama está pressionando o Congresso americano a aprovar um plano de US$ 447 bilhões para a criação de novos empregos. Os republicanos resistem. Muitos economistas nos Estados Unidos já consideram os últimos dez anos como a década perdida.
