Justiça transforma em réus agressores de ambulante morto em metrô de SP
A Justiça de São Paulo aceitou denúncia contra os agressores de um vendedor ambulante morto em uma estação de metrô na capital paulista e os tornou réus. Eles estão presos desde a época do crime, no fim do ano passado.
A decisão foi tomada pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri da capital, no dia 1º de fevereiro, contra Alípio Rogério Belo dos Sandos, 26, e Ricardo Martins do Nascimento, 21.
Em seu despacho, o magistrado escreveu que recebia a denúncia contra os dois "ante a existência de provas de materialidade e indícios da autoria dos delitos a ele imputados".
Cintra marcou para 17 de abril a audiência de instrução, interrogatório, debates e julgamento.
No mês passado, o juiz converteu em preventiva a prisão temporária dos acusados, que foram detidos dias depois do crime. Em depoimento à polícia, eles disseram que estavam arrependidos e que agiram sob o efeito de álcool.
No dia de Natal, o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas, 54, foi espancado até a morte na estação Pedro 2º do Metrô, na área central de São Paulo. Imagens filmadas por câmeras de segurança do local mostraram dois homens agredindo o vendedor com chutes e socos perto da bilheteria da estação.
À época, o Metrô informou que os seguranças prestaram os primeiros socorros e encaminharam o ambulante para o pronto-socorro Vergueiro, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com as investigações, Ruas tentou defender duas moradoras de rua travestis que estavam sendo agredidas pelos dois acusados e acabou sendo perseguido e morto por eles.
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