Política Titulo Alimentação
Marinho serve almoço em escola no Orquídeas

Governo recua de novo sobre corte da merenda; refeição será oferecida na Emeb Fernando Pessoa

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
03/05/2015 | 07:00
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O governo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), mais uma vez recuou no plano de corte de distribuição de merenda ao proporcionar almoço à Emeb Fernando Pessoa, localizada no Jardim das Orquídeas, a partir de amanhã.

A administração petista, que em fevereiro cortou pela metade a distribuição de alimentos para as 85 mil crianças, entre 5 e 10 anos, da pré-escola e Ensino Fundamental, já havia desistido do plano nas unidades educacionais do pós-Balsa, após intervenção do Ministério Público.

O Diário teve acesso a uma notificação emitida pela direção do Emeb Fernando Pessoa aos pais, salientando que, após pesquisa com familiares das crianças, o corpo diretivo ficou com argumentos para reivindicar a volta do almoço. No comunicado, está descrito que o lanche costumeiramente servido “será temporariamente” substituído por almoço, “sendo um mês por experiência”.

O documento, datado em 15 de abril, especifica que no fim do mês o conselho escolar se reunirá com a Secretaria de Educação, que é chefiada por Cleuza Repulho (PT), mentora do plano restritivo, para concluir se haverá continuidade da refeição ou retorno do lanche simples.

Sem se identificar, a equipe do Diário entrou em contato por telefone com a direção da unidade e, entre os questionamentos, a responsável pela coordenação pedagógica da escola confirmou que o retorno do almoço ocorreu depois de muita pressão junto à Pasta de Educação. A profissional também relatou que, desde o corte, a reclamação dos pais “cresceu vertiginosamente” e que a “situação estava insustentável”.

HISTÓRICO
Em 5 de fevereiro, o governo Marinho implantou corte pela metade no serviço de merenda nas escolas, sem prévio aviso aos pais. Aos alunos que estudam no período matutino foi reduzido o café da manhã. E para os que iniciam atividade escolar no período vespertino, o almoço deixou de ser servido, sendo substituído por lanche.

Luiz Marinho e Cleuza Repulho defenderam a medida, argumentando que a redução trata-se de uma readequação alimentar, objetivando controlar obesidade infantil e desperdício de alimentos.

O plano foi duramente criticado, provocando abertura de instauração de inquérito por parte da Promotoria de Justiça da Criança e do Adolescente. Em março, Cleuza foi à Câmara para responder questionamentos dos vereadores, que também se posicionaram contra a ação.  




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