Doria comete gafe ao dizer que doará salário para crianças com deficiência
Bruno Santos/Folhapress | ||
Prefeito eleito João Doria (PSDB) faz caminhada pelo bairro de Perus, na zona de São Paulo |
O prefeito eleito João Doria (PSDB) cometeu uma gafe ao afirmar nesta sexta-feira (21) que vai doar seu primeiro salário para uma "associação de crianças defeituosas".
O termo usado pelo tucano "defeituosas" costumava ser empregado antigamente, mas hoje é considerado pejorativo. O correto é "com deficiência". Doria se referia à AACD (Associação de Assistência à Criança com Deficiência).
"Vou doar os 48 salários de prefeito. A primeira entidade que vai receber o meu salário é a AACD, associação para as crianças defeituosas, que é uma entidade respeitada que faz um excepcional trabalho na cidade de São Paulo."
Horas após a afirmação, Doria enviou nota afirmando reconhecer "o equívoco no uso da expressão" e pedindo desculpas.
Durante a campanha, Doria gerou polêmica com pessoas com deficiência ao cogitar extinguir a Secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. Ele recuou após receber críticas da deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), sua correligionária, que é cadeirante. Ela considerou a ideia "um retrocesso" e disse que "de nenhum ângulo", conseguia ver alguma vantagem na medida.
Ele também anunciou que criaria um novo programa de zeladoria, chamado "São Paulo, Cidade Linda". "Vai ser um programa coordenado pela Secretaria das Prefeituras Regionais e prefeitos e prefeitas regionais", disse. "É um programa de embelezamento da cidade. Cuidar da cidade, dos jardins, das praças dos parques".
O projeto de Doria resgata similar lançado por Marta Suplicy (PMDB), quando foi prefeita da capital pelo PT. O programa dela foi chamado de Belezura, e também pregava o embelezamento da cidade por meio da zeladoria.
O nome escolhido por Doria, Cidade Linda, lembra outra marca de ex-prefeito: o Cidade Limpa, de Gilberto Kassab (PSD), que baniu anúncios publicitários das ruas da cidade.
ENCONTROS
Na próxima segunda (24), Doria vai a Brasília se reunir com o presidente Michel Temer (PMDB). No encontro, ele deve passar o pires em busca de recursos para manter a passagem de ônibus congelada em 2017.
Ele vai aproveitar a viagem para se encontrar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o do senado, Renan Calheiros (PMDB), e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
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