Clínicas da Família reduzem atividades devido a atrasos de salário

Créditos: Reprodução Internet

Agentes comunitários de saúde de diversas unidades das Clínicas da Família do Rio fizeram nesta quarta-feira, 18, uma paralisação parcial nos atendimentos da Atenção Básica. Os profissionais reclamam de atrasos nos salários. Eles também realizaram um protesto na sede da Prefeitura, exigindo repasses do orçamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para as Organizações Sociais (OSs) responsáveis pelas folhas de pagamento.

Créditos: Reprodução Internet
Créditos: Reprodução Internet

Desde o início do ano, os profissionais de saúde do município convivem com boatos de cortes de verbas e de pessoal. Um longo atraso nos vencimentos chegou a acontecer no início do ano – mesma época em que a Prefeitura anunciou redução de investimentos em todas as áreas, incluindo educação e saúde. Desta vez, os salários deviam ter sido depositados há há cerca de duas semanas. A data prevista para o pagamento era ontem, 17, mas nada foi feito. Uma nova manifestação está agendada para a quinta-feira, 19.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que “segue o calendário de repasses estabelecido pela Secretaria Municipal de Fazenda (SMF) e trabalha para que eventuais pagamentos em atraso às organizações sociais sejam normalizados. A SMS já solicitou toda prioridade de pagamentos para os contratos, sob análise das comissões fiscais da SMF”.

 

Paralisação também na Clínica da Família do Alemão

Créditos: Reprodução Internet
Créditos: Reprodução Internet

A agente comunitária de saúde Liliane Araujo, da Clínica da Família Zilda Arns, no Complexo do Alemão, esteve entre os cerca de 300 profissionais que protestaram hoje na sede do poder municipal e que chegaram a fechar uma das pistas da Avenida Presidente Vargas. Ela se preocupa com o futuro. “Hoje, vivo uma rotina de atrasos salariais, com contas atrasadas, credores ligando, cortando gastos, lazer. Tenho uma filha que depende de mim e do meu salário”, conta ela, que é também moradora da favela e atua como ACS há três anos.

Na unidade onde Liliane trabalha, pacientes reclamam da ausência de alguns medicamentos no estoque. Fitas reagentes que medem a glicemia estão em falta há três meses, o que é um risco para a saúde dos diabéticos. As equipes da CF Zilda Arns também estão reduzidas até que a situação se normalize. Isso já prejudica os quase 30 mil usuários atendidos pela unidade.