Equipe da ANF é encurralada por bonde da Rocinha no Sumaré

Créditos: Rafael Soares

A equipe de reportagem da Agência de Notícias das Favelas ficou no meio do fogo cruzado de um grupo armado que vinha da Rocinha na tarde de hoje, no Morro do Sumaré. Mais de 150 homens armados com fuzis desciam a via a pé, de moto e carro.

O colunista Julio Barroso e o motorista Talys Mota seguiam pela Estrada do Sumaré para realizar a cobertura do dia de hoje do Rock in Rio quando se depararam com um homem que disparou contra uma viatura da PM com um fuzil AK-47. No tiroteio, a equipe tentou desviar descendo de ré e ficou encurralada por um comboio de mais de 20 carros com homens armados, que liberaram sua passagem após questionarem se eram da polícia.

Julio Barroso: O dia em que a ANF bateu de frente com o bonde

Mais à frente, a dupla ainda cruzou com outros dois grupos, com cerca de 50 bandidos fortemente armados cada, que desciam o morro. Eles foram abordados pelo bando armado, que chegou a pedir carona: “Dá um bonde pra gente aí”, disse um deles.

Apesar do susto, nenhum dos integrantes da equipe da ANF sofreu ferimentos. “Ainda não sei como estamos vivos”, conta Talys. Julio Barroso afirma que ainda está tentando processar o ocorrido: “Hoje, nosso colaborador Talys nasceu pela segunda vez no próprio dia de aniversário. Estamos até agora sem entender por que os caras não nos assaltaram”.