Não podemos afirmar com 100% de certeza, ok, mas há uns 98,5% de chance de você já ter visto Mari Mats pelos muros ou a ouvido pelas noites de São Paulo. A paulistana de 28 anos está sempre no rolê numa de suas funções: grafitando ou tocando uns sons como DJ.Caso você seja um desses do 1,5% que não a conhecem, fazemos aqui um resuminho: a Mari e uma das minas mais feras nessas duas tarefas que conhecemos. Seus personagens e traços, em constante evolução, se espalham pelas paredes paulistanas há doze anos. Já sua festa, a Boombass, de dancehall, ragga, bass e rap, fincou o pé no circuito independente da cidade e tem edições excepcionais com conhecidos DJs locais e gringos.
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E como se não fosse legal o bastante encontrar com Mari pelas melhores festas e instalações, na semana passada trombamos com a DJ-grafiteira enquanto ela corria. Depois dos cumprimentos suados, ela nos contou que está nessas passadas há dois anos. Pelo menos três vezes por semana, falou, amarra firme os tênis e sai por aí. "A rua te distrai, você faz mais esforço, você não fica pensando no primeiro quilômetro", diz. Para ela, é um bom recurso pra dar um relax e arejar a cabeça para seus trampos. "É bom pra minha saúde e me faz gastar energia. Sou muito elétrica, muito agitada."Mari se conhece bem – é inquieta mesmo. Autodidata, ela aperfeiçoou sua técnica de grafite na raça e na insistência. Na primeira vez que uniu o spray à parede, contou com a ajuda de outra lenda da arte de rua em São Paulo, o Zezão, e o resultado não foi, digamos, o que ela teria orgulho de expor por aí. "Foi um desenho muito feio e eu não tinha noção nenhuma de como mexer com spray", conta, rindo. "O Zezão me deu umas dicas na hora mas, cê acha, ficou ruim mesmo." Ela não desanimou. O garranchão fez com que treinasse muito e, depois de muitos testes, conseguisse passar do primeiro quilômetro da arte urbana – o bom traço. "Achava que nunca ia fazer um traço perfeito no spray, mas é aquilo: tudo é treino."Tudo é treino mesmo. Depois de se superar no grafite, Mari agora treina para virar uma futura DJ-grafiteira-atleta. Ela até armou uma corrida de três quilômetros na Liberdade para reunir os amigos e incentivá-los a correr. A ideia é que todos colem lá, se exercitem um pouco e, de quebra, vejam nos muros algumas de suas obras mais legais.A corrida Corre Mats Corre será no dia 13 de fevereiro (sábado), começa na Praça Liberdade, ao lado do metrô, e segue pelo bairro. Bora se juntar?Para saber mais sobre a corrida da Mari acesse: web.nike.com/vemjunto/index.html#/run/corre-mats-corre