Sanders promete "oposição vigorosa" a medidas racistas ou sexistas de Trump

O ex-candidato do Partido Democrata diz que Clinton foi derrotada porque a "classe média está em declínio" e cansada do "establishment".

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AFP/JUSTIN SULLIVAN

Bernie Sanders, o homem que foi opositor a Hillary Clinton nas primárias dos democratas norte-americanos, deixou um aviso a Donald Trump: se o novo Presidente norte-americano levar a cabo medidas "racistas, sexistas, xenófobas e que prejudiquem o ambiente", terá uma "oposição vigorosa". Se isso não acontecer, Sanders promete "trabalhar com ele", ou seja, com Trump.

A mensagem foi deixada no Facebook pelo senador do Vermont, que ensaiou uma explicação para o resultado das eleições de terça-feira. "Donald Trump aproveitou a raiva de uma classe média em declínio, que está doente e cansada da economia do establishment, da política do establishment e dos meios de comunicação do establishment. As pessoas estão cansadas de trabalhar mais horas e por salários mais baixos, de ver empregos dignos e bem pagos a ir para a China e outros países de baixos salários, de milionários não pagarem quaisquer impostos federais e de não poderem pagar uma educação universitária para os seus filhos – tudo isso enquanto os muito ricos se tornam muito mais ricos", escreveu, numa mensagem que pode ser lida tanto para Trump, na referência aos impostos que não pagou, como para Hillary, que é apontada por muitos como a candidata do establishment.

Depois do diagnóstico feito, Sanders olha para a frente para deixar duas garantias ao Presidente-eleito: os democratas – ou melhor, "outros progressistas" – estão dispostos a "trabalhar com ele", desde que seja "sério em prosseguir políticas que melhoram as vidas das famílias trabalhadoras". Caso Trump "tome políticas racistas, sexistas, xenófobas e que prejudiquem o ambiente", o senador deixa a ameça: "Opor-nos-emos vigorosamente a ele", escreve.

Esta foi a primeira reacção de Bernie Sanders às eleições desta terça-feira. A CNN apenas citou ontem um desabafo de um conselheiro de Sanders em que dizia que naquela momento não tinham nada "educado" para dizer.

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