(Foto: Vivian Lemos/Arquivo Pessoal)
"Vamos vencer essa guerra!!! Força, foco e fé!". Passado o choque de receber novamente a notícia de que Paulo Sérgio, o Paulinho, está novamente com leucemia, a família Chagas em Juiz de Fora já iniciou a mobilização pelo menino, que vai precisar de um transplante de medula óssea.
Familiares e amigos iniciaram a campanha "#JuntospeloPaulinho - doe medula óssea", para incentivar as pessoas a se cadastrarem como doadoras. Em um grupo em uma rede social, as pessoas compartilham informações sobre doações e eventos de mobilização, além de fotos com a hastag da campanha. O primeiro evento será uma evento na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) no próximo domingo (17), com música, caminhada, informações e recolhimento de alimentos para a Fundação Ricardo Moyses Júnior.
A doença foi diagnosticada pela primeira vez em abril de 2013, quando Paulinho tinha três anos. Os pais, Paula e Octavio, venceram a timidez e se vestiram de super-heróis para animá-lo no tratamento. Em dezembro do mesmo ano, o exame mostrou que o garoto estava sem sinais de células doentes.
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Desde então, foram mais de 60 semanas da fase de manutenção, já fazendo contagem regressiva para a fase de controle. A família estava organizando a festa de aniversário de 5 anos de Paulinho com comemoração prevista para o dia 16. Inclusive no sábado (2) fizeram fotos no Parque da Lajinha para o book do aniversário. No entanto, a situação mudou no dia seguinte.
“Domingo (3), Paulinho amanheceu com dor abdominal e muitos hematomas (crescentes...). Fizemos um exame de sangue e as plaquetas estavam bem abaixo do normal (45.000). A dor abdominal persistiu mesmo depois de termos procurado assistência e nenhuma causa ter sido descoberta”, disse a mãe.
O quadro não melhorou e eles tiveram que retornar ao hospital. “De terça (5) para quarta (6), ele passou muito mal à noite, a dor estava insuportável, o que nos levou à emergência do hospital de madrugada. No dia seguinte, muitos exames, e a constatação de que seu exame de sangue tinha piorado mais”, narrou.
Nesta quinta-feira (7), o diagnóstico que a família esperava ter superado foi confirmado. “Marcado exame da medula óssea e nosso mundo desmoronando de novo... E infelizmente a notícia é que a que não queríamos, o mielograma mostrou as células atípicas... E o retorno da leucemia”, narrou a mãe em uma rede social.
O dia das mães, neste domingo (10), e o aniversário de 5 anos dele, na segunda (11), serão no hospital, onde ele está internado neste recomeço de tratamento. Além disso, a família pede por doações de sangue O positivo para o menino. No depoimento, Paula Chagas reforçou que o Paulinho vai precisar de um transplante de medula. Os irmãos são as primeiras opções de doadores.
“Assim que ele estiver forte, testaremos a compatibilidade da medula dele com a do Arthur (25% chance) e com o Octavio (10% chance). Se não forem compatíveis, ele entra para a fila geral de transplante para encontrar um compatível!” E o pedido para que as pessoas ajudem veio na despedida do texto. “Força, foco e fé!!!! Sempre! #juntospelopaulinho #doemmedulaossea #leucemiazeronobrasil”
Como doar
A chance de compatibilidade é de um para cada cem mil. Para ser doador de medula óssea, a pessoa precisa ter entre 18 e 55 anos e procurar o Hemominas.
“Qualquer pessoa nesta faixa pode ser doadora de medula. Precisa trazer um documento original e oficial com fotos, deve se dirigir ao setor de captação de doadores no segundo andar. No local, recebe a orientação de como funciona o cadastro, o transplante e colhe uma amostra de 5 ml de sangue. Não precisa vir doar em jejum”, explicou a chefe do setor de captação do Hemominas em Juiz de Fora, Lidiane Laroca.
Paulinho, pode salvar outra vida
(Foto: Vivian Lemos/Arquivo Pessoal)
Com esta amostra, é feito o cadastramento. “A partir disso, é feito o exame, que é codificado e incluído no cadastro do Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea (Redome) . É um banco de dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que é nacional e de pessoas não aparentadas”, lembrou Lidiane Laroca.
Com isso, a pessoa está disponível para doar para qualquer paciente que precise. No entanto, a chefe do setor de captação de doadores diz que é necessário manter os dados atualizados. “A partir deste momento o doador está cadastrado e fica no banco de dados até os 60 anos. A única coisa que ele tem obrigação é de atualizar os dados pessoais dele, inclusive pela internet, acessando o site do INCA, para que ele seja encontrado em caso de compatibilidade”, afirmou.
Em Juiz de Fora, a instituição funciona na esquina da Avenida Rio Branco com Rua Barão de Cataguases, no Centro. O cadastramento é feito de segunda a sexta, de 8h às 18h. Em caso de dúvidas, as pessoas podem ligar para (32) 3257-3117 ou 3257-3113.