Meu problema é pequeno comparado à atrocidade com Marielle, diz Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) qualificou como "atrocidade" a morte da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada a tiros na noite de quarta-feira (14) no Rio de Janeiro. Alvo de sete processos na Justiça, o petista diz que, hoje, seu problema é pequeno “diante da atrocidade que fizeram com a menina de 38 anos”.
Lula participou, nesta quinta-feira (15), na Alba (Assembleia Legislativa da Bahia) para o Encontro Internacional Parlamentar, evento ligado ao Fórum Social Mundial, que acontece em Salvador.
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“Ela, lamentavelmente, morreu. A gente não tem como devolvê-la aos seus. Mas eu acho que a gente tem que fazer desse acontecimento quase que uma profissão de fé para a gente não permitir que outras atrocidades como essa aconteçam em qualquer lugar do território nacional”.
Além de Lula, o governador baiano, Rui Costa (PT), também lembrou que Marielle foi “eleita pela favela” e que sua morte não pode passar em branco”.
O evento começou com um minuto de silêncio em memória da vereadora, que foi seguido da exaltação. “Marielle Presente”.
Mais tarde, em entrevista à TV Aratu, de Salvador, Lula disse que conversou por telefone com a irmã e a mãe de Marielle, e disse que quer visitá-las quando for ao Rio de Janeiro.
O ex-presidente defendeu que se faça pressão para que as autoridades "não meçam esforços para pegar os safados que fizeram isso com uma moça de bem" que cumpria o seu mandato.
Marielle foi assassinada nesta quarta (14) à noite a tiros dentro do carro onde estava. A vereadora voltava de um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas", na Lapa, também na região central, quando um carro emparelhou com o veículo em que ela estava e efetuou disparos.
A perícia da Polícia Civil identificou ao menos nove disparos contra o veículo, todos na direção da vereadora, que estava no banco de trás. Marielle foi atingida por ao menos quatro tiros e morreu na hora. O motorista Anderson Pedro M. Gomes, 39, também foi atingido pelos disparos e morreu no local. A principal linha de investigação da polícia é de execução.
*Colaborou Bernardo Barbosa, do UOL em São Paulo
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